Com pouco mais de cem dias sem registro de chuva em grande parte de Minas Gerais, aumentam os casos de incêndio e, consequentemente, as ocorrências na rede elétrica da Cemig. Levantamento feito pela companhia mostra que mais de 45 mil unidades consumidoras foram prejudicadas por queimadas no primeiro semestre deste ano, em 91 ocorrências. O número de clientes afetados é 15,34% superior ao mesmo período do ano passado, quando pouco mais de 39 mil clientes tiveram o serviço interrompido.
Na região sul de Minas, mais de 8.500 mil clientes tiveram o fornecimento interrompido em função de quatro ocorrências que prejudicaram o sistema elétrico da companhia.
Apesar dos números significativos no primeiro semestre, a tendência é que as queimadas se intensifiquem até o início do período chuvoso – que começa em outubro – em função das altas temperaturas médias associadas à baixa umidade.
Interrupção do serviço
Os incêndios, além de provocar a queima dos equipamentos, estruturas e até o rompimento dos cabos da rede elétrica, também ionizam o ar devido ao calor e fumaça. Esse fator pode ocasionar o aparecimento de arcos elétricos na rede de alta tensão, causando curtos-circuitos e consequentemente a interrupção do serviço.
Em caso de incêndios, a Cemig (116) e o Corpo de Bombeiros (193) devem ser avisados o mais rápido possível. Vale destacar que todos podem denunciar a prática de queimadas ilegais, de maneira anônima, ligando gratuitamente para o telefone 181 (Disque Denúncia).
Prevenção
Algumas medidas simples podem ser tomadas pela população para conter os riscos. As pessoas devem apagar com água as fogueiras dos acampamentos, para evitar que o vento leve as brasas para a mata, além de não jogar pontas de cigarros acesas nas estradas ou em áreas rurais.
Outra atitude consciente é não deixar garrafas plásticas ou de vidro expostas ao sol em áreas com vegetação, porque estes materiais podem provocar focos de incêndio. Também existem restrições para as realizações de queimadas mesmo quando permitidas por lei: não devem ser realizadas a menos de 15 metros de rodovias, ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia. A Cemig lembra, ainda, que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais.