A Sigma Lithium participou de audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado que discutiu estratégias para a cadeia do lítio no Brasil. O debate foi proposta do senador Esperidião Amin (PP-SC) e reuniu especialistas e representantes de empresas e governo.
Lígia Pinto, vice-presidente de Relações Institucionais, mostrou que o modelo sustentável da Sigma coloca o Brasil em posição de destaque no mercado mundial com o “lítio verde”, por ser um produto 100% carbono zero, não utilizar água potável, energia a carvão, químicos nocivos e nem ter barragem de rejeitos.
A produção em outros países sul-americanos explicou, é feita em salares, o que exige muita água. No caso da Sigma, a água não potável do rio Jequitinhonha é recirculada na planta industrial até seu esgotamento, não interferindo no meio ambiente e nem na qualidade de vida das comunidades.
Lítio verde
“O Brasil, pela atuação da Sigma, é o único país do mundo que oferece no mercado o lítio verde”, disse a executiva aos senadores, relatando o processo da companhia na produção do concentrado de lítio grau bateria, no Vale do Jequitinhonha. Esse posicionamento da Sigma de respeito ao meio ambiente e à comunidade do local, afirmou, é um pilar desde o início do empreendimento, há 12 anos. Em função da Sigma, a região teve um crescimento de 30% no PIB. A empresa, explicou, trabalha com planejamento do território, fazendo escuta da comunidade, numa espécie de “licença social”, além de todas as licenças ambientais.
“Temos capacidade, e conseguimos fazer com escala e rapidez, atendendo às demandas de um consumidor tecnológico e com financiamento necessário. Não é simples colocar essa equação de pé processando 270 mil toneladas/ano. Daqui a três anos serão 520 mil e atingiremos um outro grau de processamento, o sulfato de lítio”, anunciou. “Nossa intenção é majorar a produção e ‘subir’ na cadeia.”
Segundo Lígia, a procura global pelo lítio, um mineral essencial à transição energética, é crescente. A Sigma investiu R$ 3 bilhões numa planta de processamento do lítio, de forma granular, diferente do que acontece no mundo.
Lígia também defendeu parcerias com instituições acadêmicas brasileiras para desenvolver projetos que aproveitem melhor os rejeitos, hoje vendidos.
Diante do relato da Sigma, o senador Esperidião Amin, que propôs o debate, defendeu a criação de uma certificação, pelo governo brasileiro, para atestar o grau de excelência do produto e valorizar sua competitividade no mercado internacional. “Se temos um gol, temos que cacarejar”, disse o senador.