Prevista para começar a partir de 1° de agosto, a cobrança do imposto sobre compras internacionais de até US$ 50, conhecido como ‘taxa das blusinhas’, já vai ter início em duas empresas de e-commerce. A AliExpress e Shopee anunciaram a medida esta semana.
Aprovado no Congresso no fim de junho, prevê a incidência de uma alíquota de 20% de Imposto de Importação sobre esses produtos a partir de 1º de agosto. As empresas deram explicações diferentes para a decisão de antecipar suas cobranças.
AliExpress declara que antecipação ocorreu dentro do prazo necessário para ajuste das declarações de importação. “Tendo em vista o prazo necessário para ajuste das declarações de importação, de acordo com a nova regulamentação, todos os pedidos de compras efetuados na plataforma do AliExpress a partir do dia 27 de julho irão contemplar as novas regras tributárias. Os clientes e parceiros serão comunicados nos canais oficiais do AliExpress sobre as próximas etapas”, divulgou a empresa em nota.
Já a Shopee explicou que os pedidos feitos no dia 27 terão a DIR emitida a partir de 1º de agosto. “Manteremos a transparência em nossas comunicações com os nossos consumidores, os valores serão calculados e detalhados na finalização da compra. Para os usuários que comprarem dos mais de 3 milhões de vendedores brasileiros, não haverá mudanças”, explicou também em nota.
Outra grande empresa do e-commerce, a Shein, disse que a mudança na cobrança dos impostos se dará apenas na data prevista.
Diferença no bolso
Apenas falar de imposto e taxa das blusinhas não é suficiente para o consumidor final. Ou seja, quanto uma compra de R$ 100 vai ficar mais cara?
Atualmente as compras já sofrem cobrança de ICMS, um imposto estadual, de 17%. O tributo incide sobre o valor total pago, ou seja, inclui o custo do frete. Na prática, os 17% viraram 20,48%.
A taxa vai afetar as compras de até US$ 50, ou cerca de R$ 280. Assim, uma encomenda de R$ 90 com frete de R$ 10, que sairia a R$ 120,48 hoje, passará a custar R$ 144,58.
