Mais uma semana de tempo seco está prevista para a faixa central do Brasil. A atuação de uma massa de ar seco, associada a um bloqueio atmosférico, manterá o tempo firme e provocará a queda da umidade relativa do ar a níveis críticos. Esse cenário eleva a preocupação com o aumento dos focos de queimadas na região, que já tem um histórico de incêndios nesta época do ano.
Queda significativa da umidade relativa do ar
Nos próximos dias, a umidade relativa do ar continuará a cair de forma acentuada. A massa de ar seco e o bloqueio atmosférico intensificam a circulação descendente de ar, removendo a umidade com maior facilidade. Essa queda acentuada na umidade relativa do ar é motivo de preocupação para a saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera índices entre 20% e 30% como baixos, o que pode causar desconforto. Níveis entre 10% e 20% são críticos e prejudiciais à saúde, enquanto índices abaixo de 10% são extremamente perigosos, embora sejam raros.
Sudeste
No Sudeste, o tempo será seco e ensolarado ao longo da semana. A terça-feira começa com nuvens no litoral paulista, mas a umidade ficará baixa no interior. Quarta e quinta-feira, o predomínio de sol e a baixa umidade continuarão, com possíveis episódios de nevoeiro no litoral sul de São Paulo e no leste fluminense. A sexta-feira seguirá com sol predominante e umidade crítica, especialmente no interior de São Paulo e Minas Gerais
Impactos na saúde
A baixa umidade relativa do ar pode causar ressecamento das vias respiratórias, pele seca, lábios rachados e irritação nos olhos. Além disso, aumenta a incidência de infecções respiratórias, uma vez que mucosas secas são mais vulneráveis a vírus e bactérias. Em níveis críticos, problemas respiratórios como asma e bronquite podem se agravar, e o ressecamento extremo da pele e dos olhos, o risco de desidratação e infecções respiratórias graves podem ocorrer. Em casos extremos, podem surgir complicações respiratórias graves, desidratação severa, sangramento nasal e irritações intensas na pele e nos olhos.
Aumento do risco de queimadas
Além dos efeitos adversos à saúde, a sequência de dias secos também intensifica o risco de queimadas. A combinação de tempo seco, umidade baixa e temperaturas elevadas cria condições ideais para o aumento dos focos de incêndio. A vegetação seca torna-se altamente inflamável, e a falta de precipitação, somada à alta evaporação, reduz a umidade do solo e da vegetação. O ar quente e seco facilita a combustão, e períodos prolongados de temperaturas acima da média exacerbam a secura, criando um ambiente volátil onde qualquer faísca pode iniciar um incêndio.
(Fonte: Climatempo)