João Cássio Belizário, suspeito de feminicídio contra a ex-companheira, está sendo julgado nesta sexta-feira (28) em Poços de Caldas. A acusação é que ele tenha matado Silvana Aparecida da Silva a marretadas.
A sessão do júri popular teve início às 8h30. João responde por homicídio qualificado, ou seja, por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, e pelo crime ter sido contra uma mulher no contexto de violência doméstica (feminicídio).
A defesa do réu é feita pela defensora pública Vanessa Maria Miranda Pontes. Já a acusação é apresentada pelo promotor Diogo Maciel Lazarini. O júri é presidido pelo juiz José Henrique Malmmann.
Durante o processo a defesa de João chegou a solicitar sua impronúncia, alegando insanidade e dependência toxicológica, que foi negada. João aguardou o julgamento preso.
O caso
A auxiliar de serviços gerais Silvana Aparecida da Silva, à época com 54 anos, foi vítima de feminicídio em 2 janeiro de 2023. Após ser estrangulada até desmaiar, ela foi golpeada com uma marreta. Já morta, a mulher teve o corpo abandonado em plantação de eucaliptos, na zona rural, e o autor fugiu.
O corpo foi encontrado por um trabalhador do local, que acionou a polícia. As buscas pelo suspeito tiveram início imediato e ele foi capturado pela Guarda Municipal de Vargem Grande do Sul-SP, na SP-215, rodovia que liga a cidade a São Roque da Fartura-SP.
Na ocasião da prisão, João estava com as roupas manchas de sangue e com uma marreta, também suja de sangue, que teria sido usada no crime. Ele chegou a tentar se matar, ingerindo veneno de rato.
De acordo com a polícia, na época, o suspeito disse que a vítima havia terminado com ele e já estaria em um novo relacionamento.
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