João Cássio Belizário, suspeito de feminicídio contra a ex-companheira, sofreu condenação de 24 anos de prisão nesta sexta-feira (28) em Poços de Caldas. A acusação é pela morte, a marretadas, de Silvana Aparecida da Silva. A condenação é em regime fechado.
A sessão do júri popular teve início às 8h30 e João, portanto, respondeu por homicídio qualificado. Ou seja, por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, e pelo crime ter sido contra uma mulher no contexto de violência doméstica (feminicídio).
Desse modo, a defesa do réu foi através da defensora pública Vanessa Maria Miranda Pontes. Já a acusação teve apresentação do promotor Diogo Maciel Lazarini. Presidiu o júri o juiz José Henrique Malmmann.
O caso
A auxiliar de serviços gerais Silvana Aparecida da Silva, à época com 54 anos, foi vítima de feminicídio em 2 janeiro de 2023. Após um estrangulamento que a fez desmaiar, ela sofreu os golpes com uma marreta. Já morta, a mulher teve o corpo abandonado em plantação de eucaliptos, na zona rural, e o autor fugiu.
Um trabalhador rural encontrou o corpo e acionou a polícia. Assim, as buscas pelo suspeito tiveram início e a Guarda Municipal de Vargem Grande do Sul-SP o capturou na SP-215, rodovia que liga a cidade a São Roque da Fartura-SP.
Na ocasião da prisão, João estava com as roupas manchadas de sangue e com uma marreta, também suja de sangue, que teria usado no crime. Ele chegou a tentar se matar com veneno de rato.
De acordo com a polícia, na época, o suspeito disse que a vítima havia terminado com ele e já estaria em um novo relacionamento.