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Apenas 1,8% dos mineiros são doadores regulares de sangue

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Apenas 1,8% dos mineiros são doadores regulares de sangue
Foto Adair Gomes-Divulgação

O ato de doar sangue pode salvar muitas vidas. A prática – considerada um ato de amor ao próximo – é fundamental para garantir que a Fundação Hemominas, responsável por mais de 90% das demandas transfusionais do estado, tenha estoque suficiente para atender emergências, cirurgias eletivas e pacientes com doenças hematológicas. Por isso, a Hemominas faz um chamado importante aos mineiros para que conheçam o processo e se candidatem a doar sangue. Segundo dados da Assessoria de Captação de Cadastro da Fundação Hemominas, apenas 1,8% dos mineiros são doadores de sangue regulares, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse índice seja de, pelo menos, 3% da população.

Impactos

O baixo comparecimento de doadores impacta diretamente nos estoques de sangue, quadro observado frequentemente e que pode comprometer o tratamento de pacientes em situações críticas, como é o caso dos atendidos nos ambulatórios da Hemominas. Reinaldo Pereira da Silva, vigilante e motorista, doador há 30 anos, sabe da importância de ser um doador fidelizado e sempre comparece ao Hemocentro de Belo Horizonte (HBH) quando convocado. “Sou doador fenotipado. Isso quer dizer que meu sangue vai para um paciente específico, que só pode receber determinado tipo de sangue, então eu venho sempre que me ligam”, conta.

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Convite

A fim de manter os estoques de sangue em níveis adequados, a Hemominas convida os doadores voluntários de todos os tipos sanguíneos, em especial os dos tipos O positivo e negativo, A negativo e B negativo a comparecerem às unidades para realizar a doação e ajudar a reverter a situação de insuficiência nos estoques que, atualmente, estão 30% abaixo do ideal, em média, sendo que a queda do tipo O positivo ultrapassa 50%.

Como fazer a doação

A Fundação Hemominas adota critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgãos responsáveis pela legislação nacional de hemoterapia, para avaliar quem se encontra ou não apto a doar sangue. Entre os critérios básicos, destacam-se:

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•    Estar em boas condições de saúde;

•    Ter entre 16 e 69 anos de idade – jovens de 16 e 17 anos podem doar, acompanhados pelo responsável legal ou portando autorização. A partir de 61 anos, o candidato à doação
precisa comprovar a realização de pelo menos uma doação anterior;

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•    Pesar mais de 50 quilos;

•    Estar alimentado – após almoço, jantar ou refeições mais gordurosas, deve-se aguardar três horas para efetuar a doação;

•    Não ingerir bebida alcoólica 12 horas antes da doação;

•    Não ter sido exposto a situação de risco para doenças transmissíveis pelo sangue;

•    Não ter tido hepatite após os 11 anos;

•    Apresentar documento de identificação oficial e original, com foto, filiação e assinatura.

O analista da Assessoria de Captação e Cadastro da Hemominas, Thiago Sindeaux, lembra outros critérios, também importantes, que passaram por alterações recentes e precisam ser observados. “O prazo de inaptidão para as pessoas que fizeram maquiagem definitiva ou tatuagem passou para seis meses, se o local tiver alvará sanitário; se não, o período continua sendo 12 meses”. Outro procedimento que teve o prazo reduzido foi a aplicação de botox, que passou de 12 meses para 3 dias. Importante também reforçar que os homens podem realizar até quatro doações em um período de 12 meses, com intervalo de 60 dias entre cada uma. Já as mulheres podem realizar até três doações no período de 12 meses, com intervalo de 90 dias.

Perfil do doador

Existem quatro tipos sanguíneos principais: A, B, AB e O, que podem ser RH positivo ou negativo, cada um com características específicas.“Os tipos de sangue mais prevalentes na nossa região são o O e o A, mas todos os grupos sanguíneos são importantes porque o ideal é a gente transfundir uma pessoa com o mesmo grupo sanguíneo dela”, explica a coordenadora do Hemocentro de Belo Horizonte, Priscila Rodrigues. O sangue tipo O positivo é o mais comum em Minas Gerais, sendo que 43,3% dos doadores de sangue cadastrados na Fundação Hemominas são desse tipo sanguíneo.
A ele se segue o tipo A positivo, que abarca 29,6% dos doadores. O tipo B positivo representa 9,4% dos doadores; o tipo O negativo, 8,6%; o tipo A negativo 4,5%; o tipo AB positivo, 2,9%; o tipo B negativo, 1,4%; e o tipo AB negativo, 0,4%. Em geral, os tipos sanguíneos negativos representam 85,1% dos doadores de sangue e os tipos positivos 14,8%.“Mesmo sendo o tipo mais comum entre os doadores de sangue na Fundação Hemominas, o sangue O positivo é um dos grupos que apresenta mais dificuldade em garantir estoque”, destaca Nivaldo Júnior, assessor de Captação e Cadastro da Hemominas. Para ele, a falta de doadores regulares é um dos principais motivos para a insuficiência de sangue. “Muitas pessoas só se lembram de doar sangue em situações de emergência ou quando um parente precisa, mas é importante que a doação seja um hábito regular para manter os estoques em níveis adequados”, afirma.

Segundo dados da Assessoria de Captação, o tipo sanguíneo AB positivo normalmente é o mais abundante nos estoques da instituição. Os tipos sanguíneos dos grupos negativos são os mais raros, sendo o tipo O negativo o que tem a menor taxa, estando constantemente em estado crítico.

Doações em Poços de Caldas

Hemocentro de Poços fica na avenida José Remígio Prezia, 303 – Jardim dos Estados. Telefone (35) 2101-9300

 

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