A prefeitura de Poços de Caldas reforça a importância da vacinação contra a febre amarela, após o município ser incluído na categoria II, dentro do sistema de vigilância da doença. O município registrou a morte suspeita de um primata não humano, em março de 2024, que segue em investigação.
O estado de Minas Gerais registrou dois surtos importantes de febre amarela silvestre nos períodos sazonais de 2016/2017/2018, que ocorreram em áreas distintas do estado. Além disso, um homem, de 50 anos, veio a óbito devido à doença, dia 29 de março, morador de Águas de Lindóia e que se deslocava também pela região de Monte Sião, cidade que faz parte da mesma regional de saúde de Poços de Caldas. O município de Monte Sião, após a confirmação da morte, também se tornou área de investigação de possível foco de infecção da doença.
Diante deste cenário, a Secretaria Municipal de Saúde realiza, de 6 a 10 de maio, o Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal em 22 setores do município, com entrevistas domiciliares pelas equipes de saúde, das Estratégias de Saúde da Família (ESF). É de extrema importância que a população receba as equipes e colabore com o monitoramento. Durante as entrevistas, os agentes irão avaliar o Cartão de Vacinas (de indivíduos de 9 meses a 59 anos de idade) para verificar se os moradores estão vacinados contra a febre amarela e se não estiverem, poderão receber o imunizante no momento da visita.
Vacinação
A vacina contra febre amarela faz parte do Calendário Nacional de Imunização e está disponível nas 22 salas de vacina do município. Atualmente a cobertura vacinal em Poços de Caldas está em 75%, em crianças menores de 1 ano.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, para pessoas de 5 a 59 anos e duas doses para menores de 5 anos, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em caso de dúvida, é importante procurar uma unidade de saúde. Os endereços e horários de funcionamento das unidades estão disponíveis para consulta no site da Prefeitura.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença causada por um vírus pela picada de um mosquito. É importante destacar também que os macacos não transmitem a doença, a morte deles é um sinal da presença do vetor na região. A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.
Existem dois tipos de febre amarela: a silvestre e a urbana. A diferença das duas é o mosquito que carrega o vírus e o transmite pela picada.
Atualmente no Brasil os casos de febre amarela são da área silvestre, que é transmitida pelos mosquitos que vivem na mata. Porém, temos que ter muito cuidado para a febre amarela não se tornar urbana, eliminando todos os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, porque ele pode também transmitir a febre amarela, caso se contamine com esse vírus.
Sintomas
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
– Início súbito de febre;
– Calafrios;
– Dor de cabeça intensa;
– Dores nas costas;
– Dores no corpo em geral;
– Náuseas e vômitos;
– Fadiga e fraqueza;
– A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver algumas complicações, como:
– Febre alta;
– Icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos);
– Hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal);
– Eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.