Nesta quinta-feira (2), pacientes do Ambulatório Translação, que pediram sigilo na identificação, realizaram denúncias sobre a situação de atendimentos no local. Eles relatam que o contrato do psicólogo se encerrou e o do assistente social segue apenas até o próximo dia 10 de maio. Assim, buscaram a Ouvidoria da Secretaria de Saúde e também a redação do Poços Já.
“Estamos passando por um momento delicado no Ambulatório, o contrato do psicólogo com a prefeitura já encerrou e o do assistente social acaba nos próximos dias. Como não tivemos nenhum retorno sobre a permanência desses profissionais e nem sobre o direcionamento de outros profissionais para assumir o cargo, os atendimentos do Ambulatório Translação estão suspensos até que essa questão seja resolvida”, explicam.
Os pacientes ainda destacam que, dessa maneira, os atendimentos médicos também ficam suspensos. “O acompanhamento no Ambulatório é multiprofissional. Desse modo, para que o médico possa realizar os atendimento é necessário estar em acompanhamento psicológico e, dependendo do caso, acompanhamento social. Um serviço depende do outro”, pontuam.
E ainda alegam que não há profissionais para orientações, acolhimento, agendamento e outras atividades.
Descontinuidade
Outro ponto grave que os pacientes contam é que não podem ficar sem os exames médicos, essenciais para continuidade dos tratamentos. “Sem os exames médicos há paralisação do tratamento hormonal, que é crucial para nossa saúde. E, além disso, sem a consulta e sem a receita médica, não podemos sequer comprar a medicação, que é controlada. Em resumo, tem alguns de nós que já estão sem receita que precisam do remédio agora, no começo do mês. E não tem jeito, porque não tem receita. Um círculo que atinge nossa saúde em cheio”, dizem.
Prefeitura
Procurada pelo Poços Já, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde confirmou as datas de encerramento dos contratos. “A reposição desses profissionais já foi solicitada, mas é um processo que demora um pouco. Ainda assim, atendimento médico e social não só podem, como devem, prosseguir normalmente. Já foi solicitado que a unidade retorne de imediato, afinal, não cabe a eles a decisão de paralisação do serviço e sim da Secretaria”.