A Justiça mandou prender os médicos José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto e manteve prisão de Álvaro Ianhez nesta terça-feira (16). A decisão é do Tribunal de Justiça de Minas no Caso Pavesi.
A determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) veio da análise de recursos interpostos pelas defesas dos médicos. Dessa forma, a Justiça condenou os réus pelo envolvimento na morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Pavesi, em Poços de Caldas, no ano de 2000.
A condenação de José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto a 25 anos e 10 meses de prisão ocorreu em 2021. A pena é por homicídio qualificado com motivo torpe e contra pessoa menor de 14 anos. Ambos estavam aguardando o julgamento em liberdade.
Também réu no processo, o médico Álvaro Ianhez teve seu pedido de liberdade negado. Em 2022 houve a condenação a 21 anos e 8 meses de prisão, por homicídio qualificado com motivo torpe e contra menor de 14 anos. Ele está preso desde maio de 2023.
O caso
Paulo Veronesi Pavesi caiu no playground do prédio onde morava e o socorro o levou ao Hospital Pedro Sanches. Mas, depois, aconteceu a transferência para a Santa Casa com a constatação de morte encefálica.
A família autorizou a doação dos órgãos. Porém, após alguns meses afirmou que o menino ainda estava vivo quando a equipe médica retirou os órgãos para transplante.
Com a denúncia, outros casos apareceram e motivaram mais investigações. O Caso Pavesi teve julgamento em 2014, com a condenação de três dos sete médicos. Em seguida, eles recorreram e em 2016 o TJMG anulou as condenações.