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Poços de Caldas

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Professora de Poços vence prêmio nacional de melhor docente de matemática

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Silmara é professora na Escola Estadual David Campista

A professora de Poços de Caldas Silmara Louise da Silva, de 35 anos, é medalha de ouro na Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr). O resultado foi divulgado na noite de quarta-feira (27), no canal da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Youtube.

Silmara trabalha em cinco instituições de Poços de Caldas: Escola Municipal Professor Júlio Bonazzi, Escola Estadual David Campista, Escola Municipal José Avelino de Melo, Centro para o Desenvolvimento do Potencial e Talento (Cedet) e Colégio Inovação.

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Ao todo, 67 professores concorreram na fase final, dos quais 48 na categoria bronze, nove na categoria prata e dez na categoria ouro.

Entre os vencedores também há um docente da cidade de São João da Boa Vista (SP). É o Felipe Mascagna Bittencourt Lima, que atua no Instituto Federal.

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Os outros selecionados para a medalha de ouro são os seguintes: Cristiano Otávio de Resende Sena (Belo Horizonte-MG), José Fábio de Araújo Lima (Feira de Santana-BA), Josiéli Fátima Tonin Pagliosa (Erechim-RS), Kacio José Cardoso Santos (Parnamirim-RN), Milena Monique de Santana Gomes (João Pessoa-PB), Roberto Cesar Cucharero Peregrina (Rio de Janeiro-RJ), Romis de Sousa Moraes (Ourilândia do Norte- PA) e Rubens Lopes Netto (Anapurus-MA).

Prêmio

Todos os dez professores da categoria ouro participarão em outubro de um intercâmbio técnico e cultural de 15 dias, em Xangai, na China, para conhecer o Centro de Educação para Professores da Unesco (TEC Unesco).

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Em seguida, haverá a realização de 50 workshops – cada um dos premiados ministrará cinco – em 50 cidades definidas em parceria com o Ministério da Educação.

O processo de avaliação dos professores participantes incluiu três etapas. Uma prova, uma apresentação em vídeo ilustrando o trabalho desenvolvido em sala de aula e uma  entrevista. Entre os avaliadores está o professor Cristovam Buarque, que é membro do Conselho Acadêmico da OPMBr.

A professora

professora de matemática
Silmara relata que se inspira nos próprios pais para ensinar matemática (fotos: divulgação)

Filha de professora, Silmara conta que viu em sua mãe uma referência. Acompanhando, desde pequena, a rotina da mãe entre escolas e planejamentos de aula em casa, decidiu que seguiria seus passos.

Além disso, Silmara relata que a rotina de estudos sempre fez parte da vida da família. Tanto a sua mãe quanto seu pai tinham prazer e paciência em ensiná-la.

“Meus pais sempre foram muito calmos, pacientes e didáticos ao me ensinar as coisas. Pegavam livros, dicionários e usavam muitos brinquedos educativos para me explicar sobre diversos assuntos que eu demostrasse curiosidade. Lá em casa, nunca teve brinquedo tradicional, como bonecas. Eu sempre brinquei aprendendo algum conteúdo, seja de matemática, ciências e outros assuntos”, conta.

De acordo com a professora, a metodologia usada pelos seus pais, ao sanar suas dúvidas e indagações da infância e adolescência, é a que ela aplica hoje em sala de aula, com seus alunos.

“Meus pais me olhavam com muita empatia, sabendo que eu estava descobrindo o mundo e tinha muitas curiosidades. Então, eles realmente dedicavam seu tempo para me explicar sobre as coisas. Nenhuma dúvida minha era irrelevante para eles”, lembra.

professora de matemática
Professora leciona em cinco escolas de Poços

“Quando eu perguntava o que era determinada coisa para os meus pais, eles não só explicavam com palavras, como mostravam figuras, liam o conceito em dicionário junto comigo e mostravam a aplicação daquela coisa no dia a dia. Eu absorvia muito melhor e isso aguçava ainda mais a minha curiosidade e o interesse em aprender. Hoje, faço exatamente assim com os meus alunos. Proporciono um ambiente leve, acolhedor, empático e democrático para que todos os alunos se sintam confortáveis em explanar e sanar suas dúvidas em sala de aula. Além disso, quando vejo que um aluno está com um pouco mais de dificuldade e não está conseguindo acompanhar o restante da turma, me disponibilizo para ensiná-lo individualmente nos intervalos ou após a aula”, conta a professora.

Respeito aos alunos

Assim, Silmara se tornou a professora mais querida das escolas por onde passa e conseguiu reverter o aprendizado em matemática nessas instituições.

“O aluno quer ser ouvido e respeitado. Na minha sala de aula não tem hierarquia, tem respeito e empatia para a individualidade e realidade de cada estudante. Certamente, dá muito mais trabalho ensinar assim, buscando lidar com as necessidades específicas de cada aluno, mas é muito prazeroso colher o resultado disso. Ver quem dizia não gostar de matemática, passar a amar vir para as minhas aulas e descobrir um novo potencial na disciplina é a maior recompensa do meu trabalho”, afirma.

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