Tambores e berimbaus ecoaram na praça Dom Pedro II, na última quinta-feira (21), para celebrar o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. A data visa despertar a sociedade para o fim da intolerância religiosa e pelo fim do racismo.
As crianças brilharam na programação, demonstrando que o fim do preconceito passa pela educação. Apresentaram-se iniciativas como a Orquestra de Berimbau da Escola Municipal Alvino Hosken, do projeto de Incentivo à Cultura Capoeira Cura, do mestre Luizinho, além de apresentações de capoeira da Casa do Caminho, com mestre Mudinho, e do Galpão das Artes, com o professor Robert, e de Congada, da Escola Criativa Idade. “Abraçamos esse evento assim que recebemos o convite e já estávamos trabalhando sobre os temas preconceito e discriminação”, destacou a professora Clementina, da Alvino Hosken.
O evento é uma realização do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial e Étnica, que visa desenvolver ações voltadas para o combate ao racismo, ao preconceito, às discriminações raciais e, sobretudo, às desigualdades econômicas, sociais, políticas e culturais.
“Esta segunda edição do evento foi ótima, com grande envolvimento e participação, principalmente das crianças e escolas. Para o próximo ano, nossa ideia é ampliar a programação para todo o dia, para que mais alunos possam participar e estar conosco. Nosso objetivo é que as pessoas conheçam as religiões de matriz africana, para combater a desinformação e o preconceito”, destaca a presidente do Compiré Maria Augusta Clementino.
A iniciativa contou com apoio das Secretarias Municipais de Governo, Cultura e Promoção Social, além do Demutran. Participaram do evento o vice-prefeito Júlio César de Freitas, os secretários municipais de Cultura Gustavo Dutra e de Educação Maria Helena Braga.
“A contribuição desse evento é imensa. Tenho um carinho e um respeito muito grande pelo Compiré, que faz um trabalho maravilhoso, agregado com as crianças, combatendo todo o tipo de preconceito e discriminação. E, mais que isso, mostrando a diversidade do nosso povo, que é tão rica”, ressaltou o vice-prefeito Júlio César de Freitas.
No período da noite, a programação contou com um encontro de membros de terreiros de Umbanda e Candomblé de Poços de Caldas. Participaram a Tenda de Umbanda Santa Bárbara Oya Ogum Guerreiro, com a presença da Mãe Pequena Divina, Ana Cláudia Peregrino e Roberta Victoria Peregrino, e Ogãs Robert, Douglas, Vitor, Carlos Leite, Leonardo e mestra Ogã Maria Augusta Clementino; e do terreiro Ylê de Ogum e Caboclo Girassol, com Doté Jorge de Ògum (Jorge Ferreira da Cunha), Josiel de Ayrá, Doté Carlos de Omolu, Doné Rogéria de Oxum, Dofono Fábio de Oxalá, Dofona Nina de Omolu, Runtó Victor de Oxaguian, Bagigan Jorge de Oxóssi, Ogan Carlos de Ògum, além de Carol e Aldo e da mestra em Cultura Popular pelo Ministério da Cultura Lúcia Vera.