O secretário de Governo de Poços de Caldas Paulo Ney concedeu uma entrevista exclusiva para o Poços Já na quinta-feira (21). Entre outros assuntos, ele afirmou que gostaria de ser candidato a prefeito, mas isso dependeria da decisão de seu grupo político.
Paulo Ney está na gestão do prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) desde o início do primeiro mandato. Inicialmente, comandou a secretaria de Comunicação, mas em 2022 assumiu a pasta de Governo.
“Estou próximo do prefeito desde 2017, acompanhando todos os projetos, tudo o que acontece na prefeitura e na cidade, participando direto da execução do plano de governo também. Acho que é natural o meu nome ser lembrado. Fico muito orgulhoso, por ser daqui, por gostar da cidade”, comentou.
Por outro lado, Paulo Ney afirma que não pode confirmar ou lançar uma pré-candidatura. Isso porque a definição do nome depende de seu grupo político, formado por partidos como PSDB e União Brasil.
“Não terei essa pretensão de lançar uma candidatura sozinho, até porque nós chegamos aqui como um grupo e pretendemos seguir como um grupo. Se for do entendimento do grupo que o meu nome é o melhor para continuar esse trabalho que está sendo feito, que está sendo aprovado pela população, eu deixo o meu nome à disposição. Mas é uma vontade”, pontuou o secretário.
Outra questão que precisa ser definida nos próximos dias é o partido pelo qual Paulo Ney concorreria. Ele afirma que recebeu convites para deixar o PSDB e que talvez ocorra uma mudança para o Republicanos ou outro partido que seja aliado político.
“O partido é a via que você precisa para ser eleito. Eu estou no PSDB, tenho um carinho muito grande, e outros partidos também fazem parte do grupo. O caminho que eu vou seguir vai depender de uma decisão coletiva”, informou.
Acordo coletivo
O secretário de Governo também falou sobre o acordo coletivo 2024/2025, que precisa ser enviado com urgência para a Câmara. Afinal, por conta do ano eleitoral, o ganho real concedido aos servidores deve ser votado até 4 de abril.
Uma assembleia, ainda nesta sexta-feira (22), vai definir o posicionamento do Sindicato dos Servidores Municipais de Poços de Caldas (Sindserv). Até o momento não houve um acordo com o Executivo.
A categoria pleiteava reajuste salarial de 14% e aumento de R$ 200 no vale-alimentação. Porém, a contraproposta da administração é o reajuste de 5% (4,62% de repasse da inflação + 0,38% de ganho real) e aumento de R$ 50 no vale-alimentação.
Paulo Ney também reiterou que o projeto de lei referente ao reajuste está pronto para ser enviado à Câmara.
“Desde o início da sua gestão, o prefeito dá para o servidor o que é possível, dentro da possibilidade financeira do município. Além de ser um ano eleitoral, este é um ano de fechamento de mandato, temos que ficar muito atentos à lei de responsabilidade fiscal”, argumentou.
A entrevista com o secretário de Governo ainda abordou diversos outros assuntos relacionados ao município. Acompanhe o Poços Já para ver as próximas reportagens.