O presidente da Câmara Municipal de Poços, vereador Douglas Eduardo de Souza, encaminhou dia 26 de fevereiro à Polícia Federal uma cópia completa dos documentos e relatório preliminar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. Os documentos foram solicitados pelo delegado Diego Bruno Dias do Nascimento, que preside um inquérito para apurar denúncias relacionada à área de saúde de Poços.
Um dos pontos centrais da investigação envolve os contratos firmados entre o município e empresas de serviços médicos. “Buscamos esclarecer possíveis irregularidades em termos de transparência, legalidade e eficiência na celebração e execução desses contratos, visando sempre a otimização dos recursos públicos”.
As denúncias foram levadas à Polícia Federal ao fim da CPI pelos vereadores Sílvio de Assis, que presidiu a comissão, e Diney Lenon, relator. Eles apontam que na última atualização ficou demonstrado que mais de R$ 16 milhões foram empregados de forma inconsistente e com indícios de fraude processual, favorecimento e formação de cartel.
A CPI apontou indícios de que consultas e procedimentos médicos estariam sendo realizados em volume e carga horária superiores às 24 horas diárias. Esse cenário levanta preocupações quanto à qualidade do atendimento e à saúde dos profissionais envolvidos. Há dúvidas ainda no que diz respeito ao pagamento de horas extras a médicos e servidores públicos e atividades paralelas incompatíveis com a carga horária do cargo.
A reportagem do Poços Já procurou a Polícia Federal para falar sobre o caso, porém, recebeu como resposta que a corporação ainda não vai comentar sobre o fato.
Os documentos da CPI e seus relatórios também foram encaminhados no último dia 20 para o Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Ministério Público do Estado de Minas Gerais e Conselho Regional de Medicina – MG.