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Poços de Caldas

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Causa animal repudia fala de vereador e chama atenção de Luísa Mel para situação das charretes

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O vereador Diney Lenon (PT), em uma entrevista à Jovem Pan local, se posicionou contra o fim das charretes em Poços de Caldas, dizendo que a prática é patrimônio cultural. Logo após a entrevista, ativistas e pessoas envolvidas na causa animal se manifestaram e emitiram, nesta sexta-feira (26), uma carta aberta ao vereador repudiando sua posição. O caso vem ganhando as redes sociais e, inclusive, chamou a atenção da ativista Luísa Mel, que demonstrou interesse em vir à cidade para acompanhar a questão.

Em um trecho da entrevista o apresentador Rodrigo Costa questiona: “se for encaminhado à Câmara um projeto que não prejudique os proprietários das charretes o senhor votaria a favor para que esse serviço se encerrasse?”. Diney responde ‘não’ e argumenta: “As charretes são um patrimônio cultural da nossa cidade e eu quero que elas continuem funcionando com todo o cuidado”.

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A fala tomou proporções e o Coletivo da Causa Animal veio a público para mostrar sua indignação. Através de uma carta aberta, o coletivo repudiou a fala do vereador e disse que sua posição sobre o serviço de tração animal nas charretes é um desserviço à causa animal de Poços de Caldas.

“As charretes muitas vezes expõem os animais a condições de trabalho extenuantes, sobrecarregando-os física e emocionalmente. Além disso, as ruas movimentadas e o ambiente urbano podem representar riscos significativos para a segurança tanto dos animais quanto das pessoas”, pontua o coletivo.

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A carta ainda destaca que o legislador deve considerar a opinião e valores da população que o elegeu. “A maioria dos cidadãos poços-caldenses está profundamente incomodada com a exploração de animais para fins de entretenimento e transporte, e é nosso direito o descontentamento com as falas expressadas por um de nossos representantes no Legislativo. Esperamos que o vereador possa se conscientizar e reconsiderar sua posição, levando em consideração não apenas os interesses econômicos envolvidos, mas também a ética e a moralidade associadas às práticas que envolvem animais. Gostaríamos de ver no vereador uma posição mais compassiva em relação aos nossos companheiros animais, fortalecendo sua representação e apelo para os eleitores desta cidade”.

Repercussão

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O caso tomou proporções nacionais. O deputado federal e delegado Matheus Araújo Laiola (UNIÃO) fez uma publicação em seu instagram questionando a fala do vereador. O post tem a pergunta “Tortura é cultura?”, com uma imagem de um cavalo de charrete caído e a foto de Diney.

Na legenda da foto ele explicou a fala durante a entrevista e lembrou do Projeto de Lei 176/23, que criminaliza o uso de veículos movidos à tração animal e de animais para transportar cargas. Já aprovado na Comissão de Meio Ambiente, e que aguarda a conclusão das etapas para entrar em vigor. “Estamos trabalhando muito para que isso aconteça! É um absurdo ver animais sendo explorados, puxando charretes, sendo chicoteados e achar que isso deve continuar porque é “cultura”, comenta o deputado.

A publicação já tem mais de 6.300 curtidas e milhares de comentários, entre eles o da ativista Luísa Mel, conhecida nacionalmente por lutar pelo bem-estar animal. Ela chamou o deputado para marcar uma reunião com o prefeito Sérgio Azevedo (PSDB), uma vez que em outras demandas essa forma de agir apresentou resultados.

 

Leia a íntegra da Carta Aberta:

Poços de Caldas, janeiro de 2024

Carta aberta ao vereador Diney Lenon

O Coletivo da Causa Animal de Poços de Caldas gostaria de expressar, de maneira veemente, seu repúdio à fala do vereador Diney Lenon, que se posicionou favorável à continuidade do serviço de tração animal nas charretes de nossa cidade. O trecho em que diz que as charretes são “tradição cultural” é um desserviço à causa animal de Poços de Caldas.

Ao contrário de muitas tradições que enriquecem culturalmente uma comunidade, o uso de charretes frequentemente expõe os animais a condições adversas, sobrecarregando-os fisicamente e emocionalmente. A evolução da nossa sociedade também requer que reconsideremos certas práticas à luz dos avanços em ética animal e bem-estar.

Entendemos que os representantes eleitos têm a responsabilidade de tomar decisões que promovam o bem-estar de todos os cidadãos, humanos e animais. No entanto, ao apoiar as charretes, parece haver uma falta de consideração adequada pelo sofrimento e bem-estar dos animais envolvidos nessa prática.

As charretes muitas vezes expõem os animais a condições de trabalho extenuantes, sobrecarregando-os física e emocionalmente. Além disso, as ruas movimentadas e o ambiente urbano podem representar riscos significativos para a segurança tanto dos animais quanto das pessoas.

É lamentável que o vereador não tenha optado por apoiar medidas mais éticas e modernas para o transporte e lazer, em conformidade com as crescentes preocupações com o bem-estar animal em nossa sociedade.

Ressaltamos a importância de considerar a opinião e os valores da população que o elegeu. A maioria dos cidadãos poços-caldenses está profundamente incomodada com a exploração de animais para fins de entretenimento e transporte, e é nosso direito dizer do descontentamento com as falas expressadas por um de nossos representantes no Legislativo.

Esperamos que o vereador possa se conscientizar e reconsiderar sua posição, levando em consideração não apenas os interesses econômicos envolvidos, mas também a ética e a moralidade associadas às práticas que envolvem animais. Gostaríamos de ver no parlamentar uma posição mais compassiva em relação aos nossos companheiros animais, fortalecendo sua representação e apelo para os eleitores desta cidade.

Desejamos que, no futuro, suas decisões estejam mais alinhadas com a promoção do bem-estar animal e o respeito aos valores éticos que nossa sociedade preza.

(Assinam também essa carta aberta os grupos de proteção animal de Poços de Caldas: Associação de Amigos e Protetores dos Animais (Aaapa), Amigos do Júlio, Anjos de Patas, Movimento nas Patinhas, Sem Raça Definida, Poços sem Charretes, União Movimento Animal e a ong Animais Importam, de São Paulo)




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