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Saiba como vai funcionar aplicativo do governo que bloqueia aparelhos roubados

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Aplicativo avisará bancos, operadoras e Anatel caso o celular seja roubado (Foto Marcello Casal Jr-Agência Brasil)

Chegou nesta quarta-feira (20) às lojas de aplicativos Google Play e App Store o aplicativo Celular Seguro. Desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o app permitirá o bloqueio imediato de linhas telefônicas e do próprio aparelho em casos de roubo ou furto.

O objetivo do poder público e da iniciativa privada, que participou ativamente das discussões para desenvolvimento do aplicativo, é reduzir a incidência desse tipo de crime no país. Segundo dados oficiais, foram registrados quase 1 milhão de furtos e roubos de aparelhos em 2022. Entretanto, o número pode ser bem maior, já que muitas pessoas não registram os crimes.

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“As pessoas circularem com dinheiro e papel moeda é cada vez menos provável. O aparelho celular acaba sendo o maior patrimônio que as pessoas carregam no dia a dia. Não só o aparelho, mas dentro dele cartão de crédito, dados bancários, dados pessoais. O aparelho celular funciona hoje como um portal através do qual a pessoa tem toda sua vida colocada”, destacou o secretário-executivo do MJSP, Ricardo Cappelli.

Segundo o Ministério, quase todos os bancos do país assinaram adesão à iniciativa. Isso significa que, para a grande maioria dos clientes, os aplicativos dos bancos serão bloqueados rapidamente em caso de roubo ou furto, desde que o aparelho tenha sido registrado no Celular Seguro. Alguns bancos prometeram fazer esse bloqueio em no máximo 10 minutos. Outros, em até 30 minutos.

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“O crime já usa de tecnologia avançada para atingir pessoas e contas. Um acordo como esse tem um papel social e tem que ser um compromisso de todos”, destacou o diretor de Comunicação da Febraban, João Borges, que representou a entidade na entrevista coletiva de lançamento da ferramenta.

Com apoio da Anatel, será feito também o bloqueio do próprio aparelho. O objetivo é fazer com que os celulares roubados e furtados se tornem “inúteis”. Segundo o Ministério da Justiça, está prevista a criação de um conselho com representante das entidades envolvidas para desenvolver novas funcionalidades.

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“O governo federal não está impondo nada a ninguém. Estamos apenas atuando como integradores de um processo para melhorar a vida do cidadão e inibir um delito que é, com certeza, o que mais afeta a população hoje em dia, que é o roubo e o furto de celulares”, complementou Cappelli.

Como vai funcionar?

É possível fazer o cadastro no sistema antes mesmo de baixar o aplicativo em seu celular. Para isso, é preciso acessar a página específica que está hospedada no site do Ministério da Justiça. A página está disponível neste link, e permite, também, o acesso a todas as funcionalidades da ferramenta.

Para fazer o registro é preciso estar cadastrado no sistema da conta gov.br. Depois de fazer o login, o cidadão é apresentado aos Termos de Uso, que apresentam, inclusive, a lista completa de entidades bancárias que já confirmaram adesão à iniciativa.

Depois de aceitar os termos de uso, é oferecido acesso à tela principal do sistema, que tem botões para as finalidades mais importantes: “Pessoas de Confiança”, “Registrar Telefone” e “Registrar Ocorrência”.

No caso das pessoas de confiança, será possível registrar amigos ou familiares, que terão poderão abrir ocorrências no nome de quem fez o registro. Assim, caso haja um roubo ou furto e a vítima não tenha um computador disponível, uma pessoa de confiança registrada poderá acessar o sistema para o registro.

Não há um limite de telefones que podem ser registrados por cada usuário. Entretanto, a linha telefônica à qual o aparelho está vinculado deve estar cadastrada com o CPF do usuário. Se não for o caso, o eventual bloqueio não vai funcionar.

(Fonte: www.brasildefato.com.br)




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