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Desafios, prioridades, direitos: o que propõem as duas chapas que concorrem à eleição do Sindserv

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O Sindicato dos Servidores Públicos de Poços de Caldas (Sindserv) terá nova eleição para compor a diretoria nos próximos dias 13 e 14 de novembro. Os trabalhadores terão a responsabilidade de eleger a nova liderança sindical, entidade que desempenha importante papel na defesa dos interesses da categoria.

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Este ano, duas chapas concorrerão ao pleito: 1. Resistência e 2. Renova Sindserv. O Portal Poços Já conversou com representantes das duas candidaturas – Marieta Carneiro, atual presidente do Sindicato, e Greice Keli Alves, supervisora pedagógica. Confira a entrevista.

 

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Poços Já – Qual é a motivação da chapa para concorrer a um cargo no sindicato?

Chapa 1 Resistência – A principal motivação é a possibilidade de negociar para manter todos os direitos que conquistamos ao longo de anos nessa luta e, principalmente, ter mais conquistas trabalhistas. Nossa chapa está comprometida em avançar. E sempre com muita responsabilidade com o servidor, que vem da nossa experiência na condução do Sindserv. Sou candidata pela quarta vez e valorizo justamente essa possibilidade de ter contato com o trabalhador, ouvindo, ajudando, motivando, conquistando benefícios. Tudo isso é muito prazeroso, me realiza como ser humano e como servidora. É também uma realização profissional porque sou formada na área social. Gosto muito da militância, da política sindical, de engajamento com a classe trabalhadora.

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Chapa 2 Renova – A principal motivação para montarmos uma chapa para concorrer é a vontade de construir um sindicato onde todos os servidores tenham voz e com uma diretoria que tenha coragem para lutar pelos direitos de todos. A atual diretoria já atua há alguns anos no sindicato e percebemos que existe uma parcela dos servidores que deseja um sindicato mais combativo e forte. Escolhemos o nome Renova porque acreditamos que está na hora de mudanças acontecerem. Queremos trazer novas formas de lutar e de representar a categoria que vem sendo ano a ano desrespeitada pelo poder Executivo.

Poços Já – Quais são as principais questões ou desafios que vocês acreditam que o sindicato enfrenta atualmente?

Chapa 1 Resistência – Enfrentamos muitos desafios diariamente, sobretudo após a reforma trabalhista, que atacou as negociações coletivas. O sindicato existe para representar e proteger os trabalhadores, por meio de diversas ações. Não são apenas as ações judiciais – mas também ações de mediação. Devemos buscar de imediato o resultado para permitir que o trabalhador tenha condições rápidas para voltar ao trabalho de uma forma mais tranquila, sem muitos conflitos no ambiente de trabalho. Outro desafio é manter e fortalecer a entidade sindical – fazer com que a classe trabalhadora perceba a importância do sindicato e queira se manter filiada. Como a filiação é espontânea, precisamos demonstrar nossa segurança e nossa capacidade de negociar, de enfrentar e ao mesmo tempo de resolver diversos problemas. Outro desafio: as próprias alterações legislativas, que ocorrem com muita frequência. É preciso se manter atualizado o tempo todo. É um grande desafio que os dirigentes sindicais enfrentam, já que tivemos alterações legislativas de grande complexidade em nível federal e municipal nos últimos anos.

Chapa 2 Renova – A mudança de regime jurídico dos servidores públicos municipais, principalmente da maneira desrespeitosa com que foi aprovada, pode trazer grandes entraves para a luta sindical. Vai ser um grande desafio para a entidade sindical manter servidores celetistas e estatutários unidos, já que são dois regimes diferentes. Outro desafio pela frente é recuperar a credibilidade e a confiança dos servidores para que voltem a participar ativamente das decisões do sindicato, que é nossa maior representação, afinal as lutas por direitos trabalhistas são de todos e não apenas da diretoria.

Poços Já – Quais são as prioridades para melhorar as condições de trabalho e os benefícios para os membros do sindicato?

Chapa 1 Resistência – Nós sempre damos prioridade à garantia dos direitos trabalhistas, ao uso dos EPIs e ao cumprimento das normas através das NRs. A prioridade é fazer com que o servidor tenha um ambiente de trabalho adequado, que garanta a sua saúde física e mental. Que ele tenha um ambiente harmonioso, para que consiga, com os recursos apropriados, fazer o seu trabalho. Então são EPIs, recursos materiais para execução do trabalho e o cumprimento das normas reguladoras para cada ambiente apropriado. Um tema que está no nosso radar e que se tornou mais constante após a pandemia de covid-19 é a saúde mental. A pressão psicológica, a sobrecarga de trabalho e a falta de valorização têm sido causas de adoecimento mental da nossa categoria. Estamos atentos e uma das nossas propostas é participar ativamente do processo da elaboração e implementação de políticas no campo da saúde mental para os servidores.

Chapa 2 Renova – É importante esclarecer que a Chapa 2 pensa em trazer melhorias para sindicalizados e não sindicalizados. A luta é por todos os servidores. Nós acreditamos que é papel do sindicato acompanhar de perto todas as cláusulas do ACT para cobrar e denunciar aquelas que não são cumpridas. Além disso, precisamos com urgência de atitudes sérias com relação aos casos de assédio moral. Na própria convocação do sindicato para a assembleia com ponto abonado, vimos exemplos grotescos de como a prefeitura se comporta na tentativa de intimidar e desmobilizar os servidores. Precisamos conscientizar os servidores dos seus direitos para que possam se preparar para este tipo de situação e busquem o apoio necessário do sindicato.

Poços Já – Quais são as ideias para fortalecer a negociação coletiva e defender os direitos dos trabalhadores?

Chapa 1 Resistência – Nossa proposta é fazer negociações através de mais reuniões setoriais, as assembleias por categorias específicas, para observar as pautas relacionadas a interesses específicos. Num determinado momento, juntamos todas as categorias, com todas as solicitações, para a negociação coletiva. É importante que tenhamos uma boa capacidade gerencial de negociar. Por isso, a diretoria do Sindserv está sempre aberta para o diálogo, para conversar até chegar a um denominador comum, buscando adquirir benefícios e não perder direitos já conquistados. Uma das maiores armas que um movimento sindical tem é o poder do diálogo e, caso isso não resolva, fazemos as manifestações coletivas, atividades de rua. Em última instância, acionamos a Justiça. Uma das lutas que temos que travar é pela regulamentação das negociações coletivas para os servidores públicos. Prevista na Convenção 151 da OIT, é uma bandeira histórica de luta do movimento sindical brasileiro. Ela trata do direito de sindicalização, de negociação e das relações de trabalho dos trabalhadores do setor público. São direitos que, apesar de garantidos na Constituição, ainda não foram regulamentados no Brasil.

Chapa 2 Renova – Temos uma proposta de ACT Participativo. Queremos iniciar junto à categoria nos setores uma discussão prévia sobre o Acordo Coletivo para que as pessoas entendam a importância deste momento e preparem suas propostas para a assembleia. Como nossos membros são muito atuantes nas assembleias do sindicato, percebemos que há maior participação apenas nas últimas assembleias do Acordo Coletivo. Queremos ampliar a participação também nas primeiras assembleias, que é onde as propostas são feitas para negociação. Assim o sentimento de luta coletiva e de pertencimento consequentemente aumentará. Com participação, diálogo e luta o sindicato tem potencial para ser muito mais forte.

Poços Já – Qual é a abordagem para aumentar a participação dos membros nas eleições sindicais e nas atividades do sindicato?

Chapa 1 Resistência – A nossa abordagem é sempre de forma a conscientizar as pessoas da importância da entidade sindical – a importância de vir somar, dialogar e compor, de estar na luta por seus próprios direitos. A filiação da entidade sindical é completamente espontânea. As pessoas não podem ser obrigadas a se filiar. Então, a abordagem é sempre feita através de esclarecimentos, para que as pessoas tomem consciência do que faz a entidade sindical, de como é o nosso trabalho – e orientando para que se filiem e participem. Quanto mais pessoas filiadas à base, mais forças adquirimos. Hoje, dos servidores concursados, cerca de 70% são filiados ao Sindserv. É um número muito grandioso diante dessa tentativa, nos últimos anos, de desqualificar a entidade sindical. Esse foi um dos nossos maiores desafios – e é, com certeza, a nossa maior vitória: manter essa base toda filiada, unida, entendendo e vendo como é o nosso trabalho, confiando no Sindserv.

Chapa 2 Renova – Vamos fazer campanhas permanentes de filiação, recuperar a confiança dos servidores, fazer do sindicato uma referência na luta pelo direitos de todos (sem distinção entre filiados e não filiados) e levar atendimento e escuta de qualidade e com humanidade aos servidores. Cada diretor e diretora é uma extensão do sindicato no seu local de trabalho, coletando as demandas e dando os encaminhamentos necessários. O sindicato não é representado pela sua sede física, mas pelo coletivo dos servidores e servidoras, que unidos podem muito mais. Queremos estar presentes nos setores não só para colar cartazes, mas para ouvir as demandas e mostrar que estamos disponíveis e dispostos a melhorar nossas condições de trabalho. A Chapa 2 está pronta para esta grande responsabilidade.

 

 

 




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