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Você faz ideia de quantos animais na nossa cidade sofrem maus-tratos ou vivem em situação de abandono atualmente? Pois é, este é um cálculo que a maioria da população não tem ideia e que as protetoras preferem não contabilizar, pois têm a absoluta certeza que são números altos e assustadores, mesmo com esforço e trabalho constantes realizados para reverter essa situação. Os pedidos e resgates são diários e mesmo considerando que há um número razoável de protetores na cidade, que trabalham em conjunto ou individualmente, ainda é insuficiente para o tamanho do problema encontrado. A realidade é que todas acabam tirando dinheiro do próprio bolso para socorrer esses animais indefesos e inocentes que não têm culpa nenhuma da ignorância e da irresponsabilidade dos seres até então chamados de “humanos”. Uma pequena parte da população se comove com alguns casos e ajuda como pode, mas não é suficiente para atender a demanda e muito menos quitar as dívidas em clínicas veterinárias que nunca têm fim.
Por outro lado, existe a responsabilidade do poder público que pouco faz, não se vê movimentação dos vereadores para criarem leis que coíbam o abandono, animais soltos nas ruas e diversas outras demandas da causa. Hoje a pasta pertence à Secretaria de Saúdem que não destina quase nada para a causa pois a prioridade é a saúde dos cidadãos. Há um ano, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi criada com intuito de implementar programas e projetos de desenvolvimento do município, avaliar políticas públicas e o impacto ambiental, entre outras coisas. Avaliando o intuito da prefeitura, pouca coisa mudou, inclusive, a pasta da causa animal se encontra até hoje na competência da Secretaria de Saúde. É preciso que essa mudança de competência seja feita com urgência pela prefeitura, já que a pasta terá recursos próprios e independentes destinados à Secretaria de Meio Ambiente, sem contar que convênios de leis estaduais vigentes que punem e multam atos de crueldade e maus-tratos poderão ser criados para serem aplicados na cidade, evitando assim a demora e burocracia para criação de leis municipais. Este será um pontapé inicial e muito importante para desafogar as protetoras e também para que o poder público possa atuar de forma mais efetiva, presente e financeiramente em prol dessas vidas que merecem também todo o nosso respeito, amor e cuidado.
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