A Terra acaba de ter o setembro mais quente já registrado. A marca foi alcançada por uma margem recorde, de acordo com os principais conjuntos de dados internacionais que são usados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) para seu monitoramento do Estado do Clima Global.
A agência afirma que setembro de 2023 teve as temperaturas mais altas que a média de julho de 2001 a 2010. A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) também confirmou que foi de longe o setembro com a temperatura mais elevada de todos os tempos.
Sexto mês de recorde
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA disse que há uma probabilidade superior a 99% de que 2023 seja classificado como o ano mais quente já visto. A OMM corrobora esta avaliação.
Setembro representou também o sexto mês consecutivo com registro de recorde mensal de temperatura da superfície oceânica. Nesse sentido, o mês passado empatou com agosto de 2023 com a maior anomalia mensal de temperatura da superfície do mar.
A Antártida teve seu setembro mais quente e a extensão do gelo marinho permaneceu em mínimas sazonais. O Ártico teve seu segundo setembro mais quente já registrado.
Sinal ameaçador
Em nível regional, América do Norte, América do Sul, Europa e África tiveram seu setembro com temperatura mais alta. A Ásia teve seu segundo setembro mais quente e a Oceania seu terceiro.
De acordo com a OMM, a sequência prolongada de temperaturas extraordinárias da superfície terrestre e do mar é um sinal ameaçador sobre a velocidade com que os gases de efeito estufa estão mudando nosso clima.
De acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, setembro teve uma temperatura média de superfície de 16,38°C.
A alta esteve 0,5°C acima da temperatura do setembro mais quente anterior, em 2020, e cerca de 1,75°C mais quente para o mês de setembro em comparação com o período de referência pré-industrial 1850-1900.
(Fonte: Climatempo, com informações da ONU News)