Na manhã desta sexta-feira (29), aconteceu na PUC Minas a Caravana Brasil Cigano, programa federal voltado à comunidade cigana do país. Houve uma roda de conversa sobre políticas públicas para os povos ciganos, com presença da coordenadora do setor dentro do Ministério de Igualdade Racial Edilma Nascimento e de Rafael Moreira, também da pasta.
Houve ainda apresentações culturais. A programação incluiu uma caminhada pelos ranchos e comunidades do município realizada ontem (28). O secretário municipal de Meio Ambiente Marcus Vinicius Ferreira de Moraes participou do evento e destacou a importância de amparar a cultura cigana local. Disse também que a Secretaria de Meio Ambiente está disponível para ações de educação ambiental, uma vez que a comunidade cigana está sempre em contato com a natureza nos assentamentos.
A Caravana tem como foco estabelecer uma escuta ativa e diálogo nas cinco regiões brasileiras, em localidades estratégicas, por atravessarem a memória nacional sobre a presença e representação cigana no Brasil. O evento na universidade abordou a formação de lideranças ciganas como maneira de capacitar a comunidade para conscientização de seus direitos e também a ideia de criar organizações municipais e estaduais para disseminar informações e representar os interesses desses povos.
Povos ciganos
As origens dos Povos Ciganos são, ainda hoje, objeto de estudo. Porém, a teoria mais aceita atualmente afirma que são originários da Índia e que há cerca de mil anos começaram a se dispersar pelo mundo. No Brasil, o primeiro registro oficial da chegada de ciganos data de 1574: um decreto do Governo português que deportava o cigano João Torres e sua esposa Angelina para terras brasileiras por cinco anos. Há presença de, pelo menos, três etnias ciganas no Brasil: Calon, Rom e Sinti. Cada uma dessas etnias tem línguas, culturas e costumes próprios.
Atualmente, os Estados com maior concentração de acampamentos ciganos são Bahia, Minas Gerais e Goiás.
