O atleta poços-caldense Rafael Leôncio da Silva, ou Rafael Angolano, como é conhecido, de 33 anos, foi um dos destaques da corrida SP City 42km de São Paulo, a maior maratona do Estado, no último final de semana. Ele foi o sexto melhor colocado da competição e o primeiro de sua categoria.
A prova disputada dia 30 de julho reuniu 3.760 participantes para correr 42km. Rafael concluiu o circuito em 2h32min35seg, apenas quatro segundos depois do quinto colocado que competiu na categoria de elite masculino.
“Foi incrível demais, eu nunca imaginei que um dia eu iria participar de uma maratona, embora com a minha fé e oração eu sempre desejasse isso e ainda sonhava em ficar entre os 10 primeiros colocados. Isso tudo aconteceu, no tempo de Deus”, relata e ainda se lembra do momento em que soube que o feito seria alcançado. “Na hora que eu estava correndo, os que ajudam na corrida falaram que eu era o 6º colocado, o meu coração bateu mais forte e eu fiquei bem mais animado pra correr”.
O resultado trouxe também mais sonhos, ainda mais depois que ele atraiu tantos olhares. “Pretendo participar de mais corridas, meia maratona e maratona, e até um dia sonhar em participar de maratona na Europa, em países como: Portugal, França e outros. Vou continuar forte com minhas orações, que tudo vai dar certo e só ter fé em Deus”.
Trajetória
A trajetória de Rafael nas corridas de rua não é tão antiga, mas os feitos já impressionam. Atleta amador, ele sempre participou das provas locais, embora não era de gostar muito de corridas de rua.
Foi durante os treinos na academia Coopoços que os amigos começaram a observar que ele tinha talento e passaram a incentivá-lo a correr na rua. Com isso, em 2019 Rafael se inscreveu para a corrida dos Jogos Solidários e terminou em terceiro lugar. Na sequência participou da Volta ao Cristo e ficou em quinto entre os atletas poços-caldenses.
“Depois dessas duas corridas comecei a pegar gosto de correr na rua e consegui entrar no Projeto do Amanhã”, conta.
Mas, as pedras no caminho impedem que o atleta alcance o ápice rapidamente. Para treinar ele aproveita a ida para o trabalho e saída. Após o dia de serviço ele ainda vai para a academia e treina. Porém, essa ainda não é a maior questão, são os investimentos financeiros que mais pesam. “Tem alguns gastos com tênis, viagem e hotel quando eu quero participar de corrida em outra cidade longe. O Projeto do Amanhã paga algumas, mas ainda há gastos com alimentação e suplementos. Se tivesse mais patrocínio, e eu espero em Deus que logo vai aparecer, seria muito bom”, explica.