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SAÚDE MENTAL | Psicóloga explica ferramentas para lidar com medo e ansiedade durante isolamento

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Medo, dúvidas, ansiedade. O isolamento social e a grave crise nas áreas de saúde e economia trazem consigo o desafio de manter a saúde mental. Para falar sobre o assunto, o Poços Já procurou a psicóloga, coach e consteladora familiar Daphne Rajab Cardia.

Antes de citar medidas para passar por essa fase, Daphne destaca que é importante se conhecer e definir quais práticas podem ser benéficas ou prejudiciais. “A forma como cada pessoa percebe e reage ao sofrimento é singular, então cada um vai passar por isso de uma forma diferente. É importante experimentar, mas, se estiver causando mais incômodo do que benefício, a atividade em questão não está sendo boa para essa pessoa”, comenta.

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Daphne explica que o medo deve estar presente de forma equilibrada

Como lidar com o medo?

O medo, em menor ou maior escala, está sempre ali, dentro de todos nós. Nessa fase, então, mais ainda. Por isso, é importante saber lidar com tal sensação da forma mais saudável possível. “O medo é bom, porque impõe limite. Traz cuidado, atenção, consciência. Porém, medo excessivo traz percepções, decisões e comportamentos equivocados”, explica a psicóloga.

Em caso de medo excessivo, é importante entender que nem tudo é controlável. Daphne considera três variáveis importantes nesse contexto: zona de controle, zona de influência e zona de aceitação.

O que está na zona de controle são as medidas de proteção, como isolamento, higiene e segurança. Essas questões dependem e são de responsabilidade de cada um. Na zona de influência está, por exemplo, o cuidado com familiares nos grupos de risco e as ações possíveis para melhorar a quarentena dessas pessoas, como ligações e dar sugestões e conselhos.

Depois disso tudo, vem o grande desafio: aceitar o que não é controlável. “Não temos controle sobre a velocidade de propagação do vírus, sobre as políticas de saúde, as grandes decisões do governo. Não adianta se preocupar ou sofrer com relação a isso, tentando controlar algo que não depende de nós. O medo não deve ser negado nem aumentado, mas existir na proporção certa”, explica Daphne.

Informação de qualidade

As fake news são grande vilãs da saúde mental na quarentena. As informações recebidas pelas redes sociais, sem credibilidade nem fundamento científico, na maioria das vezes atuam alarmando e estimulando conflitos e o caos.

Por isso, é fundamental que sejam buscadas notícias e análises de veículos jornalísticos, com credibilidade, mas prudentemente, sem exageros, como demonstra a coach: “Excesso de informações infundadas pode levar a mais incerteza e angústias, enquanto que as informações confiáveis nos tranquilizam, se forem consumidas com bom senso”.

Tempo de sobra

Antes da pandemia, muitos reclamavam de falta de tempo para projetos pessoais, como ler livros, aprender um novo idioma ou assistir aquele filme que há tempos está na lista.

Agora, com organização, é possível que o período de isolamento seja utilizado para crescimento pessoal e profissional. O entretenimento pode ser produtivo, assim como o tempo de qualidade em família. Também há espaço para que sejam descobertos novos hobbies e até talentos que antes estavam escondidos.

Autoconhecimento e autocuidado

O isolamento social pode ser uma ótima oportunidade para olhar dentro de si, se perceber e entender as próprias forças e fraquezas. Nesse contexto, é recomendado elencar as atividades das quais não é possível abrir mão e incluí-las na rotina.

A alimentação de qualidade e os exercícios físicos diários ajudam o corpo a se sentir forte e bem disposto. Levantar a imunidade também colabora não somente no caso de contágio, mas para que tenhamos confiança, energia e tranquilidade. “Beber bastante água, fazer uma hora de exercícios físicos todos os dias, tomar sol e manter alimentação saudável. Tudo isso ajuda bastante”, informa Daphne.

Gerenciamento de emoções

Ninguém é de ferro e pode ser que sejamos dominados pelas emoções negativas. Primeiramente, Daphne alerta que a automedicação é perigosa: “É importante ter alguns cuidados clínicos: não se automedicar, reduzir substâncias psicoativas, não abusar e nem usar, porque interferem no humor e na nossa percepção da realidade, podendo acentuar ainda mais os sentimentos de desamparo, tristeza, confusão e ansiedade”.

Práticas de respiração, inspirando devagar e profundamente, podem aliviar sintomas de descontrole emocional. Fica a dica: aproveite o tempo disponível e busque na internet exercícios de ioga e meditação.

Caso o estado emocional domine e não seja possível controlá-lo, a melhor opção é buscar um profissional de saúde, como psicólogo. Essas situações podem ser tratadas e revertidas, mesmo com atendimento online.

Busque soluções

Em resumo, é importante avaliar o problema e buscar soluções. “É uma situação temporária, vai passar. É preciso tomar consciência do que está sentindo e procurar fazer algo ou lidar com esse sentimento de forma a reduzi-lo. Não adianta ficar triste, irritado e achar que o outro tem que dar conta da sua tristeza ou mal humor. Viver um dia de cada vez, viver o agora, não dar margem para preocupações. Tentar também se manter animado, com sentimento de gratidão, esperança, alegria. Isso traz mais energia para o corpo e nosso sistema psíquico, o cérebro produz endorfina, serotonina, e melhora a produção de anticorpos. Manter o estado de positividade interna também é um remédio, algo que podemos fazer para ter mais resistência”, conclui Daphne.

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