O Programa Municipal DST/Aids registrou, durante 2019, 50 novos casos de HIV em Poços de Caldas. Destes, 45 são homens. O número foi divulgado pela prefeitura nesta terça-feira (31), junto do fechamento das ações do Dezembro Vermelho, mês voltado para conscientização sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
Durante o Dezembro Vermelho foram diagnosticados quatro casos de HIV, em diversas ações, com realização de mais de 200 testes. “Tivemos um diagnóstico feito pelo nosso serviço, dois encaminhados por postos de saúde e um encaminhado por consultório particular. Somados a este número de testes que nós fizemos, há ainda os testes realizados pela Atenção Básica, nos postos de saúde”, comentou a enfermeira e coordenadora do Programa Municipal DST/Aids, Dirce Tomoko Hara Soares.
Em 2018, o programa registrou 45 casos de Aids. Em 2017, 40 diagnósticos; 43 em 2016 e 45 em 2015. “Os números nos mostram a predominância entre os homens, especialmente entre aqueles que fazem sexo com outros homens, o que demonstra a necessidade de divulgação constante das formas de transmissão, das formas de prevenção e do que o serviço oferece em termos de acolhimento e atendimento”, reforçou a coordenadora. Em 2019, o Programa registrou ainda 94 novos casos de Sífilis e 37 casos de Hepatites B ou C.
Transmissão
Relações sexuais sem preservativo, compartilhamento de seringas contaminadas, de mãe para filho durante a gravidez e na amamentação: estas são formas de transmissão do vírus HIV. O diagnóstico é fundamental para evitar a transmissão e, ao mesmo tempo, possibilitar o início do tratamento.
Atendimento permanente
O diagnóstico e o tratamento do HIV e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis e hepatites B e C, podem ser buscados em uma Unidade Básica de Saúde ou no Programa Especializado, que oferece atendimento multidisciplinar com orientação, aconselhamento e entrega de medicamentos.
O DST/Aids em Poços também oferece a Profilaxia Pós Exposição (PEP). O atendimento está disponível durante todo o ano, sem necessidade de encaminhamento. “Precisamos da adesão da população para que o trabalho cumpra seus objetivos, de prevenção e de diagnóstico para a adoção do tratamento necessário”, finalizou Dirce Soares.