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Poços de Caldas

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ULISSES | Poços precisa estar bem para que região cresça, afirma pré-candidato

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Ulisses é médico veterinário e tem 29 anos (fotos: Juliano Borges/Poços Já)

Nascido e criado em Poços de Caldas, o médico veterinário Ulisses Guimarães Borges tem 29 anos e já foi eleito duas vezes prefeito de Caldas. Ele afirma que as dificuldades que enfrentou no Executivo o motivaram a ser pré-candidato a deputado estadual, já que tem como prioridades trabalhar para o pagamento dos servidores e garantir o repasse das verbas de saúde e educação para os municípios.

Na segunda entrevista do Poços Já Política com os pré-candidatos nas eleições 2018, Ulisses ainda declara que Poços precisa estar bem para que a região cresça junto, já que a cidade é referência no Sul de Minas. Leia a entrevista na íntegra:

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Poços Já Política – Por que se candidatar a deputado?

Ulisses Guimarães Borges – Porque não vejo outra saída de poder servir um número maior de pessoas que não seja pela política. Apesar do momento de descrença no nosso sistema político, muito em função da péssima atuação e dos péssimos exemplos da maioria dos atuais políticos, não tenho dúvidas de que na defesa de uma democracia é pela política que devemos tentar fazer as mudanças que desejamos. Sempre fui idealista e tenho prazer em me dedicar a realizações que melhorem a vida das pessoas. Tive a honra de ser prefeito e acredito ter dado bons exemplos e feito muito pela cidade que governei. Pelas dificuldades que enfrentei enquanto prefeito sentindo na pele a falta que nos faz um representante da nossa região lutando pelas nossas causas, pela certeza de que precisamos de renovação e oxigenação nos cargos representativos do nosso estado e, principalmente, pela certeza de que poderei atingir um número muito maior de pessoas com uma atuação política séria, verdadeira, realizadora, presente e que de fato faça com que a população se sinta bem representada, é que colocarei minha juventude e toda minha força de trabalho à disposição para conseguir uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

PJP – Você se considera de direita, de esquerda ou centro?

UGB – Essa é uma questão que não me agrada justamente porque penso que muitos dos problemas que nosso país e nosso estado enfrentam atualmente se deve a esta polarização entre esquerda e direita. É óbvio que as filosofias e doutrinas politicas existem, mas o radicalismo de alguns grupos e a defesa cega de ideais que muitas vezes têm como objetivo garantir apenas os próprios interesses em nada contribuem com a democracia e com o principal objetivo da boa política, que é de pensar na coletividade e atuar em favor do povo e não de interesses próprios. Tenho pra mim que é absurdo termos mais de 30 partidos no Brasil. É claro que não existem mais de 30 ideologias partidárias diferentes. Ou alguém acha que existe? A ideologia partidária no Brasil foi banalizada. Temos que estar em constante aprendizado, não insistir em repetir políticas equivocadas que o passado já nos mostrou que não funcionam e aproveitar tudo de positivo que sabemos que funcionou independente se foi uma política de esquerda ou de direita. Mais importante pra mim do que ir para um lado ou para o outro, é seguir em frente.

PJP – Quais as suas principais bandeiras?

UGB – Se for eleito deputado minhas primeiras medidas serão atuar junto ao Governo do Estado para equacionar o pagamento dos servidores públicos e colocar em dia os repasses atrasados da saúde e da educação cujo atraso já acumula uma dívida de bilhões com os municípios mineiros prejudicando de forma cruel o atendimento à população. As carências são muitas, básicas e conhecidas por todos. Saúde, educação e segurança estão precários. Seriam as necessidades básicas para o bem estar das pessoas que pagam seus impostos e não são assistidas. Tem ainda a questão do emprego. Sem dúvida nenhuma minha atuação será focada nestas áreas, assim como fiz enquanto prefeito, dando sempre prioridade à saúde e educação.

PJP – Como conciliar os interesses do partido e dos seus eleitores?

UGB – As composições políticas são o meio pelo qual buscamos a eleição. Esse é o sistema instituído por lei, não há outro caminho. As ideologias são importantes, mas o que faz um bom governo é o foco nas necessidades das pessoas. Os partidos precisam se renovar e ter melhor definidas as suas funções na sociedade. Como já me posicionei na segunda pergunta, não há como acreditar que temos mais de 30 ideologias partidárias no país. Por isso mesmo sou a favor de uma profunda e verdadeira reforma política e da mesma forma não cedi a pressões e tentações e me mantive no partido que sou filiado desde os meus 18 anos.

PJP – O que é mais importante para você: legislar ou captar emendas parlamentares?

UGB – Os dois. São interdependentes. E ambos dependem de sensibilidade, vontade, iniciativa e capacidade de articulação por parte do político. Teremos uma atuação forte em defender leis que sejam de interesse popular, mas também trabalharemos muito para que mais recursos cheguem aos municípios e retornem em obras e investimentos importantes que beneficiem o povo e melhorem a qualidade de vida das pessoas.

Pré-candidato foi reeleito prefeito de Caldas

PJP – Considerando as mudanças recentes, como a diminuição no tempo de campanha, qual sua estratégia para alcançar o maior número de eleitores e municípios?

UGB – Gastar sola de sapato, dormir pouco, andar muito e continuar dialogando pessoalmente com as pessoas, como sempre fiz na minha recente mas já experimentada trajetória política, que começou nos movimentos estudantis na PUC Poços, passando pelos meus dois mandatos de prefeito em Caldas, com importante atuação regional também como presidente do nosso consórcio regional de municípios e secretário no Cissul/Samu. Não tenho condições e mesmo que tivesse também não defendo essas campanhas milionárias, por isso vamos andar muito e obviamente também usar intensamente e de forma positiva as redes sociais mas, sobretudo, me apresentar pessoalmente nas cidades e olhar nos olhos dos eleitores porque esse sempre foi meu estilo, com a tranquilidade de alguém que não precisa se esconder ou ter vergonha do seu currículo político, diferente de muitos candidatos que ainda terão coragem, ou melhor dizendo, a falta de vergonha na cara de se candidatarem.

PJP – Poços passou os últimos anos sem representantes, inclusive devido ao número de candidatos nas últimas eleições. Você estaria disposto a se unir a algum candidato, ou abdicar da sua candidatura, pelo bem da cidade?

UGB – Luto pela renovação e não tenho dúvidas de que é isso que o povo também quer. Me vejo com papel de destaque na nossa região para representar essa mudança e entendo que aproveitar do conhecimento e do legado de bons políticos experientes é importante em termos de aprendizado, seja pelo que deu certo ou para não repetir seus erros. Desde que idôneos, não haveria problema pra mim. Mas abdicar não. Saí mais uma vez da minha zona de conforto e renunciei na metade do meu segundo mandato de prefeito justamente para ser a mudança que desejo ver na política do nosso estado. Nossa região não pode mais ficar sem representantes, o povo está sentindo na pele essa falta de um político da região que lute pelas nossas causas e estou muito disposto a dar essa resposta à nossa gente e fazer com que as pessoas voltem a ter gosto pela política e se sintam verdadeiramente representadas.

PJP – Enquanto deputado estadual, como você poderia contribuir para o repasse de verbas da saúde, o pagamento dos servidores e outras questões referentes ao Executivo?

UGB – Sem dúvida atuando como um defensor dos interesses do povo e como um deputado de verdade deveria atuar, o que não temos visto no cenário atual, onde me parece que os deputados estão acomodados e aceitando os absurdos que têm acontecido no estado, como atrasos de salários dos servidores, falta de repasses aos municípios, descaso com as escolas estaduais e com a saúde e outras mazelas que temos visto. Mas, acima de tudo, desenvolvendo a função de representar o povo na Assembleia com responsabilidade. Fazendo o trabalho designado ao cargo, levantando necessidades, fazendo articulações, apresentando projetos e dedicado em trabalhar e cobrar o governo para que os impostos pagos com tanta dificuldade pelo povo retornem em investimentos importantes e prestação de serviços públicos de qualidade.

Como já mencionei, chegando à Assembleia de Minas iniciaremos um forte trabalho de apoiar e cobrar o novo governo para que volte a pagar os salários dos servidores em dia, pague a dívida com os municípios mineiros, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social, e sobretudo terei um trabalho dedicado a apoiar os hospitais públicos e filantrópicos da nossa região e também apresentar projetos e ações que revolucionem a educação, valorizando os professores, melhorando a infraestrutura e garantindo ensino de qualidade às nossas crianças e jovens pelos próximos anos.

Setores de saúde e educação são prioridade, segundo Ulisses

PJP – Você é de Poços, mas tem uma carreira política em Caldas. O que você tem a dizer para o poços-caldense que não te reconhece como candidato local?

UGB – Sou nascido em Poços de Caldas, minha família sempre manteve residência em Poços também, minha formação educacional foi em Poços e o início da minha experiência política foi em Caldas por questões de origem familiar. São conhecimentos, vivências e experiências que se complementam. Fui líder estudantil na PUC Poços, presidente do consórcio de municípios da nossa região, secretário do Cissul/ SAMU, conheço profundamente a realidade das cidades do Sul de Minas e claro que Poços é a referência da nossa região. Poços estando bem, a região está bem.

Por isso é natural, até por ser a maior cidade do Sul de Minas, que Poços mereça atenção especial e investimentos mais vultuosos, mas é sempre importante lembrar que um deputado representa, necessariamente, uma região, não somente uma única cidade. Nossa política será de atuação em favor das pessoas, em favor do desenvolvimento regional. E não tenho dúvidas de que como poços-caldense nato não terei problemas em ser reconhecido como o representante legítimo da cidade.

PJP – Você foi eleito duas vezes prefeito de Caldas, inclusive na segunda com maior número de votos. Por que interromper o mandato para se lançar pré-candidato?

UGB – Sair da zona de conforto. Eu sofri na pele as dificuldades de ser prefeito de uma região que está sem representante na Assembleia, sei exatamente como isso é ruim e dificulta muito para realizar melhorias para a população. Parar de ficar só reclamando e tentar fazer alguma coisa para mudar essa triste realidade.

Apesar de toda essa crise, nesses quase seis anos como prefeito de Caldas fizemos muito, me dediquei intensamente para transformar para melhor a vida das pessoas e acredito que consegui cumprir bem essa missão. Foram muitas obras, diversos investimentos e muita criatividade e gestão para conseguir fazer muito mais com menos. Corte de gastos desnecessários e privilégios, administração participativa sempre ouvindo as pessoas e conferindo de perto as reais necessidades do povo. Tudo isso fez com que a gente conseguisse realizar muito mais e melhorar de forma sensível a saúde, a educação, a mobilidade e a infraestrutura em Caldas. Consegui entregar e deixar encaminhadas diversas obras importantes que farão a diferença na vida da população lá.

Mas meu inconformismo com essa situação que estamos vivendo não me permitiu ficar acomodado no cargo que ocupava e por isso decidi enfrentar esse desafio, até para que eu consiga com minha atuação política atingir muito mais pessoas, ajudando a melhorar a vida de cada um. Nosso trabalho em Caldas é aprovado por mais de 80% da população e, além disso, antes de sair da prefeitura consultamos as pessoas através de pesquisa para saber se apoiariam essa decisão e praticamente 70% dos caldenses apoiam e me incentivam a buscar esse novo objetivo com a certeza de que poderemos ajudar muito mais.



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