

Após julgamento que aconteceu na terça-feira (29), Kátia Goulart, de 38 anos, foi condenada a 19 de anos de prisão pelo assassinato do ex-companheiro Júlio César Alves Ferreira, de 24 anos. Assim que foi presa, em janeiro do ano passado, a suspeita confessou o crime.
Em entrevista coletiva realizada em fevereiro de 2015 pela Polícia Civil, Kátia falou com a imprensa. Ela alegou que estava sendo ameaçada de morte. O crime aconteceu dia 24 de dezembro de 2014. O corpo foi encontrado na Serra do Selado, com sinais de facadas e queimaduras. Júlio estava preso em Três Corações por tráfico de drogas e havia saído temporariamente para o Natal. “Eu não aguentava sofrer na mão dele mais. Dias antes ele comprou um trinta e oito. Ele falou que ia matar meu filho e acabar com a minha vida. Antes dele me matar eu matei ele”, disse Kátia.
A suspeita ainda explicou como teria executado o crime. “Eu chamei ele para tomar uma cerveja, ele topou. Eu coloquei dipirona na cerveja dele, abaixou a pressão. Na hora que ele chegou lá em cima comigo eu matei ele. Um pouco pra frente de onde o corpo foi encontrado tem uma cerquinha e uma ruinha de terra. Foi onde eu levei ele e dei a primeira facada”.
O motivo das ameaças seria ciúmes, já que Kátia estaria se relacionando com outro homem. O júri considerou que a réu teria agido por motivo torpe e meio cruel, o que teria impossibilitado a defesa da vítima. O crime foi considerado homicídio triplamente qualificado.
O processo foi desmembrado com relação aos demais acusados Wendel Wilker Civitanova e Mateus Adriano Goulart Barbosa.