A audiência de instrução e julgamento sobre uma retirada de órgãos que ocorreu em 2001 continua sendo realizada na tarde desta quarta-feira (9). Neste segundo dia, o juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, ouve as testemunhas de defesa.
Serão ouvidas oito testemunhas de defesa e o restante prestará depoimento por meio de carta precatória, já que são pessoas que não residem em Poços de Caldas.
A denúncia questiona a falta de laudo que comprove a morte encefálica do paciente. Foram retirados córneas e rins no dia 15 de janeiro de 2001.
Entre as testemunhas que serão ouvidas hoje está a coordenadora da psicologia na equipe que fazia a captação de órgãos, Mariângela Moura Santos. Segundo a psicóloga, neste caso a iniciativa da doação foi espontânea, partiu da família do paciente.
Além disso, ela alega que a morte cerebral foi corretamente diagnosticada. “Toda nossa equipe já tinha em mãos o laudo de morte cerebral”, disse.
Os réus são o nefrologista João Alberto Góes Brandão, o urologista Cláudio Fernandes, o radiologista Jeferson Skulski, o anestesiologista José Júlio Balducci e o gastroenterologista Paulo Negrão. Além deles, a oftalmologista Alessandra Araújo, que está na Bahia, responde ao processo à distância.