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Poços de Caldas

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Câmara realiza audiência sobre humanização do parto no município

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Representantes do Executivo e de grupos ligados ao parto humanizado também participaram do debate.
Representantes do Executivo e de grupos ligados ao parto humanizado também participaram do debate.

Na última quinta-feira (03), a Câmara de Vereadores promoveu uma audiência pública sobre o tema “Caminhos para humanização do parto no município de Poços de Caldas”. O encontro foi proposto pelo presidente do Legislativo, vereador Paulo Tadeu Silva D’Arcadia (PT), através de requerimento aprovado pelos demais vereadores.

O evento contou com a presença da secretária municipal de Saúde Fátima Livorato, do secretário adjunto Antônio Ângelo Rocha, da coordenadora do grupo Círculo Materno Beatriz Câmara, da presidente da Associação Artemis, de São Paulo, Raquel de Almeida Marques e da médica obstetra Tetzi Oliveira Brandão. Outros médicos obstetras, além de mães e voluntários do Círculo Materno e profissionais da área da saúde, também participaram do debate.

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O presidente da Câmara, no início do debate, ressaltou que a ideia de propor a audiência surgiu após assistir a um documentário sobre o tema. “Tive a oportunidade de assistir, por insistência da minha filha, um documentário seguido de debate na Casa da Cultura. Aquela noite foi muito importante. Foi um momento de descoberta, como se um mundo escondido e encoberto tivesse sido apresentado para mim”, disse.

Durante a audiência, mães, médicos e integrantes do grupo Círculo Materno falaram sobre o tema, destacando as dificuldades encontradas para humanização do parto, o alto número de cesarianas no Brasil e em Poços, o trabalho das doulas (mulheres treinadas para oferecerem apoio físico e emocional à parturiente) e as ações necessárias no sentido de estimular o parto natural, através de providências implantadas no município.

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Eliza Sampaio Quinteiro, nutricionista, doula e integrante do grupo Círculo Materno, falou sobre a necessidade de redução do número de cesarianas no município. “Quero pedir à secretária de Saúde que seja realizado um efetivo controle das cesarianas no município, de forma que os profissionais envolvidos na assistência ao parto deixem de justificar as cirurgias de forma aleatória e descomprometida. As indicações de cesariana são muito poucas e hoje os dados mais recentes demonstram que 68% dos partos no município acontecem por via cirúrgica, na contramão do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. É importante deixar claro que não adianta diminuir o índice de cesárias, comprometendo a qualidade do atendimento ao parto fisiológico. Nossa luta é justamente para redução dos índices sem comprometimento do parto normal”, declarou.

Sobre a atuação no Círculo Materno, Eliza falou sobre o início do trabalho e, também, sobre os objetivos do grupo. “Meu envolvimento pela humanização do nascimento teve início com a minha segunda cesariana indesejada. A partir do nascimento do meu segundo filho, iniciei meus estudos sobre gestação, parto e puerpério, me formando como doula seis meses depois. Após dois meses como doula, fundamos o Grupo de Apoio ao Parto Círculo Materno, com o objetivo de trazer informação de qualidade e baseada nas mais recentes evidências científicas a gestantes e seus acompanhantes interessados no parto normal”, afirmou.

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Solicitações

Juliana do Carmo também atua como doula e durante a audiência apresentou sugestões à Câmara e à prefeitura, dentre elas: capacitação de doulas para atendimento voluntário no SUS; participação das profissionais na comissão da Rede Cegonha do município; concessão de um espaço para realização de palestras de preparação para o parto; aprovação da lei da doula no município, a fim de que elas tenham oportunidade de atuar nos hospitais junto a uma equipe multidisciplinar, promovendo de forma eficaz a humanização do parto.

Ainda a respeito do trabalho da doula, Juliana lembrou que a ocupação foi reconhecida no ano passado. “Temos curso de capacitação e a profissão foi reconhecida no ano passado como ocupação laboral pelo Ministério do Trabalho. Nós somos a equipe da mulher. Não substituímos os acompanhantes, não fazemos procedimentos médicos, não cuidamos da saúde do recém-nascido e não substituímos, em hipótese alguma, a presença dos profissionais na assistência ao parto”, explicou.

Para Eliza, a audiência foi bastante produtiva e o grupo espera contar com o apoio efetivo do Legislativo para implementação de ações. “Ficamos muito felizes com a audiência. Esperamos poder contar com apoio visando à melhoria da assistência ao parto no município. Esperamos também o apoio da Secretaria de Saúde, dos diretores de hospitais, diretores de faculdades e Secretaria de Educação para implementar tais propostas”, enfatizou.

Todas as solicitações serão encaminhadas pela Câmara à prefeitura e órgãos envolvidos no assunto. O áudio da audiência está disponível no endereço www.pocosdecaldas.mg.leg.br.



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