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Inteligência

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inteligênciaokCaros amigos e leitores, desta vez iremos discutir sobre a inteligência, e os fatores que nos permitem entender essa qualidade humana.

O que é a inteligência?

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Entendemos como inteligência um conjunto de fatores que permitem que o indivíduo tenha boas qualidades de entendimento, conhecimento, raciocínio e aprendizagem. Dessa maneira, fulano se destaca por ser alguém que – tendo facilidade na aprendizagem e no raciocínio – possui conhecimento em maior quantidade e qualidade que a média populacional. E uma pergunta sempre presente neste tema é: O que torna alguém inteligente?

Existem vários estudos e várias teorias sobre a inteligência, umas mais difundidas, outras menos. Mas basicamente, a inteligência pode ser determinada por dois fatores: o fator genético e o fator psicossocial.

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Quando falamos em fator genético, entendemos que o sujeito inteligente carrega consigo uma série de características genéticas, impressas em seu DNA, que o propicia uma melhor qualidade de raciocínio. Tais características são fisiológicas, ou seja, estão presentes no corpo do sujeito, e se desenvolvem por meio de processos físico-químicos que ocorrem basicamente no cérebro, o grande centro de processamento de informações do corpo humano. Tais características genéticas são hereditárias, ou seja, passadas dos pais para os filhos.

Dentre outros, o melhor exemplo que caracteriza uma inteligência determinada por fatores genéticos é a quantidade de neurônio acima da média, o que gera por consequência uma maior quantidade de sinapses (transmissões de informações de uma célula para a outra). Ou seja, quanto mais neurônios, mais sinapses, e quanto mais sinapses, maior a quantidade de processamento de informações pelo indivíduo. Assim sendo, podemos afirmar que o indivíduo que possui maior número de neurônios é um indivíduo com grande potencial para desenvolver boa inteligência.

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Quanto ao fator psicossocial, podemos afirmar que se trata de “desenvolver” a inteligência, pois também é possível obter inteligencia com treino, disciplina e dedicação. Há quem diga que boas condições fisiológicas para desenolver a inteligência são apenas “sementes”, que para germinarem e dar frutos necessitam de cuidados e dedicação. Ou seja, o cara pode até ter um altíssimo número de neurônios e um ótimo raciocínio, mas se não souber aplicar isso no contexto do seu cotidiano e de suas relações sociais, essa qualidade perde seu valor. No entanto, se essa capacidade for aplicada no dia-a-dia, como por exemplo, resultando na facilidade para resolver problemas, também podemos considerar isso como inteligência, sendo determinada por um fator psicossocial.

Durante muitos anos, acreditou-se que a inteligência poderia ser mensurada, e que era possível padronizá-la através de testes, utilizados para se identificar a capacidade cognitiva  de determinado sujeito. Este modelo de inteligência, estudado em psicometria, deu origem aos vários testes psicométricos tão difundidos na área da psicologia. O famoso QI (quociente de inteligência) se aplica neste contexto. No entanto, tal idéia (que nunca foi unanimidade) passou a ser refutada por muitos estudiosos, que observaram que a inteligência não pode ser medida, pois as capacidades cognitivas vão muito além do que um simples teste pode determinar. A partir daí, essa teoria passou a ser apenas mais uma, pois várias teorias passaram a ser consideradas, em diferentes situações e contextos, e podemos afirmar que não existe uma teoria certa ou errada, mas sim diferentes modos de se olhar para o mesmo conceito. Ainda assim, a força histórica do QI permaneceu em algumas vertentes cientificas, sobrevivendo também na representação social do senso comum.

Muitos estudiosos aceitam a idéia da existência de dois tipos de inteligencia: fluida e cristalizada. Por inteligencia fluida, entende-se aquela inteligencia “rápida”, espontânea e de curto prazo, geralmente acompanhada por ótimo raciocínio lógico, e associada à capacidade de lidar com situações novas, adversas ou  inesperadas. Tal inteligencia é popularmente reconhecida como esperteza, jogo de cintura, astúcia, e poderia ser facilmente mensurada por testes de QI.

 Já a inteligência cristalizada diz respeito àquela desenvolvida com o passar dos anos, com o acúmulo de conhecimentos que se instalaram na memória, se tratando de uma inteligência de longo prazo. Pessoas cultas ou intelectuais podem ser consideradas detentoras de boa inteligência cristalizada. Mas como medir ou classificar uma inteligência de saberes e conhecimentos, que veio sendo desenvolvida com o passar dos anos? Neste contexto, não cabe considerar o QI.

Há também aqueles que acreditam que não existe apenas uma ou duas inteligências, mais sim várias, aplicadas em diferentes contextos. Uma das teorias que tem sido muito difunda  é a “Teoria das inteligências múltiplas”, desenvolvida nos anos 80 por cientistas norte-americanos liderados pelo psicólogo cognitivista Howard Gardner. Neste conteto, várias formas diferentes de inteligências são considerados para diferentes contextos, sendo que uma pessoa pode ter muitas aptidões em determinado contexto, e não ter as mesmas aptidões em outros contextos. As diferentes formas de inteligência são distribuídas em nove categorias:  Lógico/matemática; linguística; musical; espacial; corporal/cinestésica; intrapessoal; interpessoal; naturalista; e existencial. Cada uma dessas categorias de inteligência possui suas características peculiares, e acho interessante abordarmos cada uma delas em uma próxima ocasião. Mas percebemos que, de fato, esta é uma teoria que amplia o conceito de inteligência para situações distintas e personalidades distintas. Com esta concepção, fulano pode não ter sido o cara mais brilhante na escola, mas isso não significa que ele não terá sucesso em outros setores de sua vida, fazendo uso de inteligências que pouco são desenvolvidas em um contexto escolar, por exemplo.

Pra encerrar, penso que cabe a cada um interpretar qual o conceito de inteligência que faz sentido pra si, pois como vimos, são várias teorias acerca de um mesmo tema. E eses diferentes olhares estão presentes em diferentes contextos, em diferentes métodos de trabalho e diferentes correntes filosóficas. Portanto, a inteligência é e continuará sendo um tema de muito interesse nos estudos em psicologia, que hoje concebe a inteligência não como uma ciência exata e mensurável, mas sim como uma ciência humana, que é naturalmente dinâmica e passível de várias interpretações.

Contato: anderson.m.loro@gmail.com

Endereço:

Espaço de Ser – Consultório de Psicologia. Rua Prefeito Chagas, 405, sala 3

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