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Poços de Caldas

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Um bom acordo é melhor que uma péssima demanda

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A ordem do dia é transcender a “letra da lei” e convidar a uma reflexão interior acerca dos conflitos que integram a vida de todos. Com frequência diária que me deparo com situações nas quais os pólos duelam entre si, não vislumbram um consenso e disputam o mesmo ‘objeto’; travando um verdadeiro cabo de guerra. Em que pese toda legislação à qual devo observância, sempre que razoável, voto pelo bom senso e pelo comum acordo.

Muitas vezes, embora não haja obrigatoriedade imposta por lei, por exemplo, há a “obrigatoriedade humana”, o dever de empatia com o próximo e o bom senso consciente. Não é tarefa fácil. Equilibrar perfeitamente a balança entre dois desejos que se confrontam é quase um martírio.

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Desde que dispostos a doar um pouco de compreensão, prudência e discrição, acredito que seja possível liquidar grande parte de dissabores comuns à vida. Sou expectadora de muitas circunstâncias em que um bom tom de conversa e trato abranda os ânimos e ajustam as insatisfações. Porém, também assisto a muitas outras lides em que um pedido em forma de ordem e uma palavra deseducada colocam um rol de possibilidades de resolução a perder.

Reitero. Ter ‘jogo de cintura’ suficiente para compor o interesse próprio com alheio exige muito mais que imaginamos. Mas que de 2014 para frente possamos rever nossas reações com mais equilíbrio, menos aborrecimento, gastando menos energia com pelejas dispensáveis para, assim, investirmos o tempo em utilidades.

Que tal acordar para isso?

 

*A autora é advogada. 

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