O gerente geral da Circullare, Armando Bertoni, se inscreveu para usar a tribuna na sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (19). O objetivo é demonstrar a situação financeira da empresa e pedir apoio do Legislativo junto à prefeitura.
De acordo com Bertoni, a empresa passa por um desequilíbrio econômico devido a diversos fatores. Entre eles, o aumento no preço do óleo diesel, o reajuste salarial dos funcionários em 14%, que ocorreu em setembro, os passes gratuitos e a redução da tarifa realizada no mês de julho, no valor de vinte centavos. “Dez centavos foram compensados pelo PIS/Cofins, mas os outros dez a empresa assumiu”, reclama.
O gerente geral ainda informa que a empresa concede cerca de nove mil passes diários por dia, referentes principalmente a idosos e deficientes físicos. A Circullare também pede a criação de faixas exclusivas para o transporte coletivo na avenida João Pinheiro e a proibição do estacionamento em vias como a avenida Santo Antônio, sentido bairro/centro, e a rua Coronel Virgílio Silva.
Bertoni aponta o subsídio municipal ao transporte coletivo como o principal meio para a diminuição da tarifa. A apresentação realizada pela concessionária simula a tarifa local caso o subsídio do Executivo fosse proporcional ao da cidade de São Paulo. O valor seria reduzido de R$2,6 para R$2,2. O estudo ainda propõe a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 0,001%, o que abaixaria a tarifa para R$2,09, aliado ao subsídio municipal. “Tanto o poder Legislativo quanto o Executivo tem que nos ajudar nessa tarefa, para que continuemos a prestar um serviço de excelência”.
Comércio ambulante
Durante a sessão, a Comissão de Justiça propôs a criação de uma audiência pública para discutir a situação dos vendedores ambulantes. Um protesto realizado na semana passada trouxe à tona as dificuldades de regularização desses trabalhadores. “A audiência foi uma solicitação dos próprios ambulantes. Esperamos ter uma posição mais concreta em relação a essa demanda”, disse Flávio Faria (PT), presidente da comissão.
O vereador é um dos oito parlamentares que pediram informações sobre as ações do governo estadual para o início das obras do presídio. Semana passada, o secretário de estado de Defesa Social disse que os trabalhos começam no mês de março. Mesmo assim, a comissão quer mais informações. “Em vários momentos, houve sinalizações da efetivação dessas obras. Nesse ano, houve uma previsão orçamentária, mas está terminando 2013 e nada foi viabilizado. Esperamos ter mais clareza e precisão para saber, de fato, se essa obra será realizada”, questiona Faria.