Agentes de saúde, que trabalham no Programa Saúde da Família, fizeram um protesto por melhores salários na tarde desta terça-feira (13), em frente à prefeitura. O prefeito Eloísio do Carmo Lourenço disse que o município não tem condições financeiras para resolver o problema. Atualmente, estes profissionais recebem salário base de R$660,32, com complemento para chegar ao mínimo nacional, que é de R$678.
De acordo com o agente de saúde Paulo Danilo Vieira Ávila,no final de 2008 o salário era de R$561,22, enquanto que o mínimo chegava a R$415. “Essa é a grande reivindicação, pela qual nós todos estamos brigando. Não dá para imaginar por que tivemos uma perda salarial tão grande”, disse.
Uma comissão foi formada para discutir o assunto com o prefeito. Em março deste ano, uma reunião com o executivo permitiu que o assunto começasse a ser discutido. A agente de saúde Monica Canto Ribeiro faz parte da comissão e explica que o governo federal repassa catorze parcelas anuais de R$950 para o pagamento de cada agente. “Nesta gestão e na anterior foi a mesma resposta. Dizem que esse repasse não quer dizer que deve ser gasto com aumento de salário. Mas estamos desde abril sem protetor solar”, reclama.
O prefeito esteve no local e convidou os manifestantes para se reunirem no gabinete. Ele disse que a reivindicação é legítima, mas que por enquanto não pode mudar a situação. “A verba (de R$950) é utilizada para o pagamento do agente, mas vem dentro de um conjunto onde ela pode ser gasta. É uma situação que já assumimos assim, estabelecido o valor do salário. Está definido em lei, tem que haver toda uma mudança para melhorar isso. Hoje, o município não tem condição de atendê-los”, argumenta.