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Educação no campo

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Um país desenvolvido se faz com pessoas instruídas e culturalmente evoluídas. É certo que o Brasil avança em busca do objetivo que é melhorar a qualidade de vida de todos. Certo também é a necessidade de superar alguns obstáculos, a educação com certeza é um desses.

Embora tenhamos um longo caminho, vale olhar para o passado e entender o que fizemos de errado, o que não deu certo e o porquê nossa educação pública estar nessas condições.

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No caso da educação no campo, até pouco tempo atrás um grande ditado reinava como uma verdade: se você não estudar vai acabar trabalhando na roça, com enxada. O que dava a errada noção de que não é preciso estudar para trabalhar com o agronegócio.

Esse ditado fez estragos. Hoje pessoas com pouca instrução são a principal mão de obra no campo. O único problema é que na atualidade o campo não demanda apenas serviços braçais, não é apenas a força bruta que produz no campo. Cada vez mais, a capacidade intelectual é necessária para operar sofisticadas e caras máquinas e equipamentos, para aplicar substâncias altamente perigosas, além de garantir a eficácia em sistemas que, apesar de depender das condições climáticas, buscam a precisão.

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Hoje “administradores” de fazendas, produtores, encarregados e trabalhadores, ou seja, em todos os níveis é possível encontrar pessoas com dificuldade para assimilar as novas técnicas e tecnologias para o cultivo. Como resultado, perde-se competitividade e fica em risco um setor produtivo tão estratégico como o agronegócio.

Vejamos então que para percorrer o caminho rumo ao desenvolvimento com qualidade de vida o campo precisa sim de mão de obra qualificada e de ações que busquem melhorar o grau de instrução dessas pessoas. Feito isso, é preciso que o setor comece a valorizar esse profissional diferenciado.

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Entender isso deve ser o primeiro passo para que o campo deixe de perder profissionais qualificados para outros setores da economia.

*O autor é coordenador da divisão de Fomento Agropecuário da Prefeitura de Poços, professor universitário, consultor em gestão sustentável do agronegócio, técnico agrícola e administrador especialista em Cafeicultura Sustentável. Também foi, por três anos, diretor do programa Mídia Rural da TV Poços.

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