Na última quarta-feira (07), as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) assinaram com uma empresa chinesa um acordo de compra e venda dos rejeitos radioativos armazenados na cidade de Caldas. O material está no local há cerca de 20 anos, proveniente da Usina de Santo Amaro (Usam), que havia entrado em processo de descomissionamento.
A empresa asiática é especializada em processamento de rejeitos radioativos. Segundo a assessoria de imprensa da INB, o material será guardado em bombonas específicas para exportação. O transporte deve ocorrer o mais breve possível, mas a movimentação da carga ainda não foi aprovada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O mesmo vai acontecer com o material que está no estado de São Paulo.
A vereadora Regina Cioffi trabalha nesta causa desde 2010, quando promoveu uma audiência pública sobre o assunto. “São mais de 12 mil toneladas que ficaram armazenadas em péssimas condições. Tenho fotos dos tambores com vazamento dentro do galpão”, reclama a vereadora.
Após a audiência pública, Regina foi presidente da Comissão das Águas, que estudou a possibilidade de contaminação da Bacia das Águas Claras, que compreende o complexo da INB. O objetivo agora é que a área seja incluída no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), elaborado pela INB.