O projeto de compra do clube do Serviço Social da Indústria (Sesi) foi aprovado por unanimidade em sessão extraordinária da Câmara Municipal, realizada na manhã de hoje. A polêmica ficou por conta do vereador Antônio Carlos Pereira (DEM), que questionou a legalidade da sessão.
O vereador citou o regimento interno da Câmara, cujo texto prevê a realização de sessões extraordinárias em um intervalo mínimo de 48 horas. Como houve uma sessão extraordinária na quarta-feira, 17, às 15h, Antônio Carlos pediu para que a votação de hoje fosse suspensa. O presidente Paulo Tadeu Silva D’Arcadia (PT) solicitou um intervalo para que a questão fosse discutida. Cerca de dez minutos após, foi decidido que a votação seria realizada.
Apesar do questionamento ter sido reprovado, o vereador Antônio Carlos Pereira e a oposição votaram a favor do projeto. “Esperamos que a prefeitura possa gerir bem esse grande complexo, que pode ser muito útil para a população de Poços de Caldas. Depois de aprovado, a bancada de oposição não deve fazer qualquer questionamento “.
Os vereadores Tiago Cavelagna (DEM), Regina Cioffi (PPS) e Maria José Scassiotti (PSDB) não participaram da sessão, alegando que tinham agendado compromissos anteriormente à definição da data.
O projeto
A prefeitura vai pagar ao Sesi R$1,8 milhão, divido em 60 parcelas de R$30 mil, como indenização pelas melhorias realizadas no local. O projeto entrou em pauta na sessão do dia dois de julho, mas foi retirado pela prefeitura. O presidente Paulo Tadeu afirmou, na ocasião, que não estava definido a quem caberia as custas da averbação das benfeitorias. A previsão seria de colocar o assunto na pauta da reunião desta semana. Porém, desta vez o projeto não entrou na ordem do dia. O problema foi a falta da assinatura do vereador Paulo Eustáquio (PSD), vice-presidente da Comissão de Justiça, Legislação e Redação Final. “Não tive o cuidado de conferir”, admitiu o presidente da Câmara.
Durante esse processo, vereadores da oposição se reuniram com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado. De acordo com Marco Tadeu Sala Sansão (PSDB), que participou da reunião, a Fiemg se comprometeu a investir a verba da indenização na ampliação da unidade local do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).