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A Força de Trabalho e o Agronegócio

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Talvez a discussão do êxodo rural seja uma das maiores discussões em que a sociedade se mostre preocupada com o meio rural, por isso acredito ser a questão mais adequada para mostrar a força do agronegócio.

Digo isso, pois ao ver a mão de obra saindo do campo em direção aos grandes centros logo dizem que o setor agropecuário está em crise e que não consegue mais reter a foça de trabalho. Entretanto, uma análise um pouco mais profunda mostra o contrário. Na maioria das vezes, quando se reduz o trabalho braçal no campo ganha-se em produtividade e escala, reduz-se custos e consequentemente aumenta a produção de alimentos.

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Mesmo com a redução da mão de obra no campo, o agronegócio brasileiro vem aumentando a sua produção significativamente, passando de 57,9 milhões de ton. em 1990 para 143,1 milhões de ton. em 2010. Veja o quadro abaixo.

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Mas isso não quer dizer que aumento de produção, redução de custos e ganho de escala sejam sinônimo de menor geração de emprego no agronegócio. Também uma análise mais profunda mostra que, ao deixar o campo e ter a força de trabalho substituída por máquinas, essa mão de obra é ocupada em outros setores do agronegócio, seja antes da porteira, na prestação de serviços, produção de insumos, máquinas e equipamentos, biotecnologia, software, pesquisa, ou após a porteira, na agroindústria, no restaurante, nos supermercados, no mercado financeiro, trabalhando com logística, entre tantas outras atividades que dependem diretamente da produção agropecuária e que compõem o agronegócio.

Na figura abaixo é possível ver o quando o setor de processamento e distribuição está aumentando a participação no setor agroalimentar.

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Desta forma, uma boa gestão no agronegócio passa por entender que não necessariamente maior investimento e desempenho irão criar mais empregos no campo e manter o homem no campo. Entretanto, poderão e devem criar e manter empregos no agronegócio como um todo, empregos que exigem maior qualificação profissional.

* Ulisses Ferreira de Oliveira é coordenador da divisão de Fomento Agropecuário da Prefeitura de Poços, professor universitário,  consultor em gestão sustentável do agronegócio, técnico agrícola e administrador especialista em Cafeicultura Sustentável. Também foi, por três anos, diretor do programa Mídia Rural da TV Poços.

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