Poços de Caldas está recebendo nesta quarta-feira, 05, uma audiência pública promovida pela Comissão Extraordinária das Águas da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A comissão, criada em março deste ano, visita todos os 26 comitês de bacias hidrográficas do estado e realiza audiências com o objetivo de verificar as principais questões de cada área, principalmente quanto à implementação da legislação ambiental.
O deputado estadual Pompílio Canavez (PT) participa do evento, e destaca a necessidade de se discutir o assunto. “Minas Gerais é conhecido como a caixa d’água do Brasil. Mas a situação das nossas águas é muito preocupante, tanto do ponto de vista do saneamento como do uso para agricultura e indústria.”
Almir Paraca, deputado estadual (PT), é o presidente da comissão. Ele acredita que as audiências vão resultar em novas políticas na área de fiscalização. “Nós sabemos que o estado ainda precisa aprimorar os instrumentos de fiscalização. Ao final dos trabalhos, vamos sugerir ao estado como deve se estruturar para garantir o cumprimento da legislação.”
Poços de Caldas
A cada cidade visitava pela comissão, surgem problemas específicos. Em Poços de Caldas, o assunto mais abordado é o tratamento de esgoto. ” O comitê tem brigado muito pela questão da qualidade das águas. A maior parte do nosso esgoto não é tratada”, disse Hélio Scalvi, secretário executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios Mogi e Pardo.
O diretor-presidente do DMAE, Departamento Municipal de Água e Esgoto, Alair Assis, informou que estabeleceu a meta de um ano para que 100% do esgoto local seja tratado. Por enquanto, o maior problema é o término das obras da ETE 1, que estão paradas desde outubro do ano passado. “Em um prazo muito rápido vamos promover as licitações para que possamos fazer os últimos ajustes. Mas a ETE 3 já está em testes finais. Dentro de três meses, 60% do esgoto já deve ser tratado.”